A governadora Roseana Sarney quis dar um ‘xeque’ no prefeito Edivaldo Holanda Júnior com a proposta de que o município repasse R$ 77 milhões (recursos anuais do SUS) para o Estado de forma que este controle, de forma integral, o Socorrão II.
Por Flávio Dino
Espertos, não?!
Ora, ao que se sabe, parceria nada mais é que desenvolver uma ação conjunta com vista a atingirem um objetivo determinado. Pois bem, se o governo do Estado quer controlar sozinho a operação do Socorrão, gerindo os recursos de maneira unilateral, isso pode ser tudo, menos parceria.
Exemplificando: é mais ou menos quando dois sócios decidem fundar uma empresa e apenas um deles fica com o dinheiro, sob a responsabilidade de administrá-lo, sem qualquer participação do outro. Não há como confiar quando o sócio em questão tem uma ficha corrida bastante conhecida. E, dessa forma, muito menos a empresa ir pra frente.
Em se tratando dos personagens que formam este governo (figuras bastante conhecidos de todos nós), é no mínimo perigoso deixar um montante dessa envergadura solto, sem nenhuma fiscalização, nas mãos de uma turma que mal sabe gerir os próprios recursos. O caos gerado pelo ‘melhor governo da vida’ da filha do senador José Sarney em todo estado está visível. Todos podem ver.
O que surpreende é o fato de este tipo ‘novo’ tipo de parceria (à la Roseana e & Cia.) não ter sido colocada em discussão durante a gestão passada.
Entre as justificativas da governadora da, digamos, indecorosa proposta enviada a Edivaldo é o fato de o Estado, segundo ela, não ter recursos suficientes para investir na saúde de São Luís. Bom, vamos analisar por pontos. Será que a verba da saúde contida no orçamento do estado inclui 216 municípios, menos São Luís, a capital maranhense, que praticamente recebe pacientes de todo o interior?
Hum…
Pensando bem, por que não investir as verbas do estado e do município, numa ação conjunta e compartilhada, a fim de que os dois entes possam trabalhar uníssona na melhoria do atendimento e na estrutura dos Socorrões e outras unidades de saúde, cada um socorrendo de um lado, fazendo sua parte específica?!
Só a governadora Roseana para não entender isso – ou se pelo menos se faz de despercebida.
Com isto fica evidente que o governo do Estado não colaborava (e nem quer cooperar agora, podem ter certeza) com a Prefeitura no setor de saúde, que se encontra em estado crítico. Na verdade, vale ressaltar, o que a oligarquia que fazer com Edivaldo – e fazem com a maioria dos prefeitos e políticos desta terra – é levá-lo no cabresto. E não é assim que funciona. Os interesses do povo devem ficar em primeiro lugar, já a política em último plano.
Fonte: Blog do John Cutrim
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