Fonte: Sinproesemma
A Assembleia Legislativa do Maranhão foi o cenário do primeiro dia da greve geral na rede estadual de educação e também da abertura da 14ª Semana Nacional em Defesa da Educação Pública, na manhã desta terça-feira, 23, com um grande ato público, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão.
No ato, em frente à Assembleia, os educadores denunciaram à sociedade os prejuízos das alterações feitas, pelo governo do Estado, na proposta do Estatuto do Educador e defenderam a imediata aprovação do texto discutido amplamente e negociado com o próprio governo.
Com faixas e cartazes, os trabalhadores manifestaram repúdio às modificações feitas no texto e à falta de cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo com a categoria, com relação ao estatuto, que depois de um ano de negociação, guardou a proposta por mais cinco meses e não encaminhou o documento para votação na Assembleia Legislativa.
Após a manifestação de protesto, os trabalhadores entraram na Assembleia, cantando o Hino Nacional, até o plenário da Casa, onde se reuniram com deputados estaduais, tanto da base governista como da oposição, quando mais uma vez as questões que envolvem o Estatuto do Educador foram debatidas.
No encontro, o deputado estadual e líder do governo, Cesar Pires (Dem), informou aos trabalhadores que a proposta de estatuto está ainda sendo finalizada pelo governo e que o texto deve chegar em breve para aprovação no Legislativo.
O parlamentar ainda garantiu à categoria que será mantido o respeito à proposta negociada e discutida nos últimos anos. “Vai dar tudo certo, pois não mudou em quase nada do que foi acordado com os trabalhadores na mesa de negociação”, disse.
Por outro lado, os deputados estaduais de oposição ao governo, como Bira do Pindaré (PT), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Gardênia Castelo (PSDB), Eliziane Gama (PPS) e Othelino Neto (PPS) se solidarizaram com a causa dos trabalhadores em Educação e voltaram a pedir o compromisso do governo na solução do impasse e do inconformismo que as modificações feitas, de última hora, geraram na categoria, como a retirada da Gratificação de Atividade do Magistério (GAM) na aposentadoria, a exclusão dos funcionários de escolas e a redução do tempo de serviço para todos os trabalhadores com 50 anos de idade.
O deputado Othelino Neto, um dos mediadores entre os trabalhadores e o governo, considerou a mobilização dos educadores como vitoriosa e positiva porque impediu que o governo enviasse a proposta alterada para votação. “Se não fosse o movimento grevista, toda a negociação não ia valer em nada, pois o governo já teria mandado o texto alterado para a Assembleia. Agora, o ponto final da greve é a governo protocolar a proposta negociada com os trabalhadores”, afirma.
O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, informou que a audiência pública, realizada na última segunda-feira (22), resultou na formação de uma comissão composta por diretores do sindicato e representantes do governo que vai estudar o texto para garantir que a proposta negociada seja aprovada.
Para o dirigente, nesse processo, é preciso a participação não apenas dos trabalhadores, mas de toda sociedade. “O Estatuto do Educador é uma causa não apenas dos trabalhadores em Educação, mas da sociedade maranhense que vai se beneficiar com a educação pública valorizada, a partir da aprovação do texto negociado”, afirma.
AGENDA DA GREVE
Nesta quarta-feira, prossegue a agenda do movimento grevista com o lançamento da campanha “Educação Pública, Eu apoio”, no auditório da Associação Comercial do Maranhão. A campanha é promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e faz parte da programação da Semana em Defesa da Educação Pública, que inclui ainda três dias de greve nacional – 23, 24 e 25 deste mês.
A direção do Sinproesemma convida todos os educadores, trabalhadores e a sociedade em geral para o lançamento da campanha, às 9h. A Associação Comercial fica na Praça Benedito Leite, Centro Histórico de São Luís.
Mais imagens do ato público:
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