terça-feira, 18 de setembro de 2012

SOU RESPONSÁVEL PELO QUE DIGO, NÃO PELO QUE VOCÊ ENTENDE

Eu tenho que confessar que adoro clichês, e a frase que dá o título a este post,  pesquei do blog da Rô (http://mulheresabias.blogspot.com/). Como blogueiro que muitas vezes tenta questionar as coisas que meus olhos não casam e nem param de enxergar, a frase vem fazendo todo sentido para mim.
            Muitas vezes me deparo com certos comentários em alguns posts, que me deixam intrigados, primeiramente pela falta de educação, depois pela falta de racionalidade, e finalmente por muitas vezes atribuir aos meus textos coisas que não disse e nem queria dizer.
            Talvez você que esteja me lendo neste momento, esteja exatamente pensando que todo texto é passível de interpretação, e eu concordo, contudo, fica, a questão: O autor deve ser responsável pelas interpretações levianas, e desconectadas com o verdadeiro sentido do texto? A resposta mais simples seria, é obvio que não.
            Mas essa lógica, tão obvia, parece não nortear a argumentação de certos comentadores, pois aos fazerem ataques pessoais a partir de suas interpretações levianas e vazias, parece que não só me tornei responsável pelo que disse, mas também, pela imbecilidade e incapacidade de entender o sentido do texto postado.
            A hermenêutica pós-moderna dá supedâneo para a pluralidade de interpretações, tornado-as todas aceitáveis e possíveis, não podendo sobre sua ótica, se encontrar um significado fixo para um texto, e que tanto a identidade como a intenção do autor são irrelevantes para a sua interpretação, ou seja, todas as interpretações são igualmente válidas, ou igualmente sem significado. 
            É a hermenêutica pós-moderna que vem permitindo todo tipo de interpretação Bíblica, destituída que qualquer sentido original que o autor sagrado registrou por meio do processo revelacional, é a tese da possibilidade da pluralidade de interpretações que norteia as Igrejas Neo Pentecostais com todos os seus excessos e desvios doutrinários, a ordenação feminina, a teologia gay e novidades do gênero.
            A hermenêutica pós-moderna declara a morte do autor, pois a mesma só se torna viável, partindo da tese, que aquilo que o mesmo registrou e queria dizer em seu texto ou discurso, poder não ter nada a ver com a interpretação de suas palavras e idéias, pois o sentido dado, é só mais um sentido, mesmo que a interpretação implique em assassinar o autor, calar a sua voz,  violentá-lo na essência de suas idéias.
            Por mais aceitável que pareça as ideias da hermenêutica pós-moderna, nos debates filosóficos, gostaria de firmar uma posição, o autor deste blog ainda não morreu e nem foi arrebatado, por isso, caso você tenha dúvida quanto ao sentido do texto, pode me perguntar e tirar suas dúvidas, uma vez as mesmas esclarecidas, pode me culpar pelo que disse.
Mas, caso contrário, caso você queira dar um sentido novo ao meu texto, com suas interpretações e projeções, mesmo com frases entre aspas, que perdem o sentido fora do contexto, gostaria de lembrá-lo, que sua interpretação não é de minha responsabilidade.
Não atire pedras no suposto autor do texto, pois ele, o texto, pode ter sido forjado por sua própria interpretação, e o autor ter sido você mesmo, mesmo que venha assinado por este pobre blogueiro.
E me perdoe a minha querida e companheira de Blogosfera, Irmã Rô, caso tenha dado um sentido a sua frase, que não tenha sido o que ela pretendia, mas se isso por ventura tenha acontecido, assumo total responsabilidade, e aceito as suas explicações.
Pr. Jonas Silva

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