terça-feira, 25 de setembro de 2012

CONTRA O VOTO DE CAJADO




 As eleições municipais de 2012 prometem ser as mais evangélicas de todos os tempos. E isso, no pior dos sentidos. Assim como no pleito presidencial de 2010, a temática religiosa e o “olho grande” no voto dos evangélicos se desenham como os grandes alvos dos candidatos para as eleições deste ano. 

Uma reportagem publicada no Jornal O Globo, do Rio de Janeiro, em 05 de Julho, trazia a seguinte chamada: “No Rio, candidatos miram eleitor evangélico e áreas das UPP”. Outra matéria, no dia 27 do mesmo mês, o mesmo jornal denunciava: “Evangélicos usam estrutura de templos em suas campanhas”. Não há dúvida que para interesses duvidosos, os evangélicos são sim, um excelente curral eleitoral. Segundo o Censo de 2010, no estado do Rio de Janeiro, o catolicismo, religião historicamente dominante, tem perdido gradativamente o número de adeptos, chegando a menos de 50% da população. Em pelo menos 11 dos 19 municípios da região metropolitana, foram superados pelos evangélicos em número de fiéis.

Somam-se a estas informações, a triste realidade de parte do rebanho evangélico: pessoas fortemente orientadas por seus líderes, autoridades eclesiásticas que agem de “má fé” se colocando acima de qualquer ética, e se auto anunciando como porta-vozes de Deus. Um exemplo do resultado disso se vê na pesquisa realizada pelo Datafolha na já tradicional “Marcha para Jesus” deste ano, em São Paulo. Segundo dados apurados, pelo menos um terço dos fieis presentes àquele evento, o maior organizado por evangélicos em todo pais, certamente votariam no candidato indicado por seu pastor. Outros 34% disseram que talvez votassem e apenas 33% disseram que não votariam em candidatos apoiados pela igreja. Ou seja, no total, 65% dos que foram à Marcha Para Jesus são direta ou parcialmente influenciados pelos comandos das igrejas na eleição. 
Reconhecendo esta realidade e interessados em propor discussão e oferecer elementos que, de alguma maneira, sugiram caminhos para transforma-la, integrantes da Rede Fale no Estado do Rio de Janeiro promovem a Campanha Fale Contra o Voto de Cajado (em alusão ao voto de cabresto, sistema tradicional de poder, característico do coronelismo). A mobilização pretende ser uma voz ativa, durante o período eleitoral, contra a utilização dos espaços e posições eclesiásticas para a promoção inescrupulosa da política e manipulação dos rebanhos. As atividades se darão basicamente por meio de comunicação nas redes sociais com imagens, vídeos e textos provocativos e de reflexão, além da realização de fóruns e debates sobre a temática fé e política em datas e locais a serem divulgados.

O material da campanha já está disponível a partir de hoje (22 de agosto), e será acrescido gradativamente durante a campanha nos canais da Rede na web (facebooktwittersite eyoutube). Como é característica do Fale, todos aqueles que se identificarem com a causa podem e devem participar, replicando o material para o maior número possível de pessoas, reunindo grupos em comunidades locais para orar, promover discussão e reflexão sobre os temas abordados na campanha e até mesmo sugerindo e promovendo outras formas de atuação. 

Ore:

- Pelos pastores e líderes, para que busquem uma vida de acordo com o que pregam sem o uso e abuso de sua função eclesiástica para manipular o rebanho em seus próprios interesses. 

- Pela formação política (conscientização) da sociedade brasileira como um todo, para que haja libertação das amarras ideológicas construídas ao longo da História, reproduzidas de diversas formas para que tudo permaneça como está.

-Para que os cristãos tenham voz profética para a transformação da realidade na qual estão inseridos, não suportando injustiças de todas as formas, corrupções e mentiras. 

Fale! Porque juntos podemos fazer um barulho construtivo.

Fonte: Blog do FALE

P.S.: O BLOG ASSUNTADOS APOIA ESSA CAMPANHA E ESTÁ JUNTO COM O FALE PARA COMBATER O VOTO DE CAJADO!


terça-feira, 18 de setembro de 2012

SOU RESPONSÁVEL PELO QUE DIGO, NÃO PELO QUE VOCÊ ENTENDE

Eu tenho que confessar que adoro clichês, e a frase que dá o título a este post,  pesquei do blog da Rô (http://mulheresabias.blogspot.com/). Como blogueiro que muitas vezes tenta questionar as coisas que meus olhos não casam e nem param de enxergar, a frase vem fazendo todo sentido para mim.
            Muitas vezes me deparo com certos comentários em alguns posts, que me deixam intrigados, primeiramente pela falta de educação, depois pela falta de racionalidade, e finalmente por muitas vezes atribuir aos meus textos coisas que não disse e nem queria dizer.
            Talvez você que esteja me lendo neste momento, esteja exatamente pensando que todo texto é passível de interpretação, e eu concordo, contudo, fica, a questão: O autor deve ser responsável pelas interpretações levianas, e desconectadas com o verdadeiro sentido do texto? A resposta mais simples seria, é obvio que não.
            Mas essa lógica, tão obvia, parece não nortear a argumentação de certos comentadores, pois aos fazerem ataques pessoais a partir de suas interpretações levianas e vazias, parece que não só me tornei responsável pelo que disse, mas também, pela imbecilidade e incapacidade de entender o sentido do texto postado.
            A hermenêutica pós-moderna dá supedâneo para a pluralidade de interpretações, tornado-as todas aceitáveis e possíveis, não podendo sobre sua ótica, se encontrar um significado fixo para um texto, e que tanto a identidade como a intenção do autor são irrelevantes para a sua interpretação, ou seja, todas as interpretações são igualmente válidas, ou igualmente sem significado. 
            É a hermenêutica pós-moderna que vem permitindo todo tipo de interpretação Bíblica, destituída que qualquer sentido original que o autor sagrado registrou por meio do processo revelacional, é a tese da possibilidade da pluralidade de interpretações que norteia as Igrejas Neo Pentecostais com todos os seus excessos e desvios doutrinários, a ordenação feminina, a teologia gay e novidades do gênero.
            A hermenêutica pós-moderna declara a morte do autor, pois a mesma só se torna viável, partindo da tese, que aquilo que o mesmo registrou e queria dizer em seu texto ou discurso, poder não ter nada a ver com a interpretação de suas palavras e idéias, pois o sentido dado, é só mais um sentido, mesmo que a interpretação implique em assassinar o autor, calar a sua voz,  violentá-lo na essência de suas idéias.
            Por mais aceitável que pareça as ideias da hermenêutica pós-moderna, nos debates filosóficos, gostaria de firmar uma posição, o autor deste blog ainda não morreu e nem foi arrebatado, por isso, caso você tenha dúvida quanto ao sentido do texto, pode me perguntar e tirar suas dúvidas, uma vez as mesmas esclarecidas, pode me culpar pelo que disse.
Mas, caso contrário, caso você queira dar um sentido novo ao meu texto, com suas interpretações e projeções, mesmo com frases entre aspas, que perdem o sentido fora do contexto, gostaria de lembrá-lo, que sua interpretação não é de minha responsabilidade.
Não atire pedras no suposto autor do texto, pois ele, o texto, pode ter sido forjado por sua própria interpretação, e o autor ter sido você mesmo, mesmo que venha assinado por este pobre blogueiro.
E me perdoe a minha querida e companheira de Blogosfera, Irmã Rô, caso tenha dado um sentido a sua frase, que não tenha sido o que ela pretendia, mas se isso por ventura tenha acontecido, assumo total responsabilidade, e aceito as suas explicações.
Pr. Jonas Silva

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

AO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL

Sou funcionário público há pouco mais de 14 (quatorze) anos e gostaria de expressar a minha opinião a respeito do que acredito ser legítimo sobre a categoria que, juntamente com a administração, torna-se a mola mestra para o desenvolvimento de qualquer esfera de governo.

Independente da área de atuação, o servidor público é o primeiro agente de contato com a população. Depende da atuação do servidor, o bom ou o mau atendimento que envolve toda a sociedade.

Sou a favor da excelência no atendimento e na prestação de serviço de qualidade ao cidadão. Isso é a nossa obrigação.

Fiz esse comentário acima, pois tenho conversado com servidores de São Francisco do Brejão.

O que o servidor público tem que ter em mente é que os governos são temporários e os servidores perenes.

Lembrem-se do respeito, ou a falta dele, que foi dedicado a você, com relação ao pagamento do seu salário em dia, a sua data base, ao incentivo do seu plano de cargos e salários, sua reposição salarial, o fornecimento de boas condições de trabalho, ao respeito as suas férias, ao seu 13º salário, entre outros.

Não podemos ceder a pressão, não podemos servir de manobra para ajudar atingir o objetivo alheio, nem tampouco nos iludir com pessoas que já tiveram a chance de realizar e assim não fizeram.

Para que serve um vereador?


Vereador asfalta rua? Tapa buraco? Vereador deve dar receitas, comprar remédios, fornecer bolsa de estudo?

Ao contrário do que muita gente pensa, o vereador não é um provedor de nossas necessidades individuais, um balcão para onde nos dirigimos nas horas de necessidade, pedindo remédio, comida, tijolo, casa, bolsa de estudo, emprego, etc.

O vereador também não é um simples mediador entre a comunidade e o Prefeito. Alguém que tem a função de arrancar do chefe do Executivo as prementes necessidades de toda comunidade: calçamento, posto de saúde, saneamento,iluminação pública, segurança, etc.

Embora o vereador possa ajudar individualmente as pessoas e trabalhar junto ao Prefeito para que ele responda às necessidades do bairro, ele não foi eleito para isso.

O vereador é eleito para legislar e fiscalizar.

Legislar.
Ele deve fazer as leis que irão reger a cidade: o Plano Diretor Municipal, a Lei Orçamentária, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, o Código Ambiental Municipal, entre tantas outras.

Todas as principais questões do município e da cidade passam pela Câmara. Que tipo de atividade econômica queremos em nosso município? Como a cidade irá crescer? Quais indústrias devem ser instaladas? Como usaremos os recursos ambientais disponíveis? Tudo isso passa pela Câmara.

Ao vereador cabe também fiscalizar a atuação do Executivo Municipal. O Prefeito está aplicando corretamente as receitas orçamentárias? Está cumprindo seus compromissos de campanha? Está agindo com ética na administração pública? Cabe ao vereador responder a essas questões.

O vereador é o legislador do município e co-responsável pela administração da cidade.

Cobre de seu vereador uma atuação adequada!

Por Manoel Santos, coordenador do Movimento Voto Consciente Cotia 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Corrupção na política: eleitor vítima ou cúmplice?


O IBOPE liberou uma pesquisa polêmica acerca da opinião do eleitor brasileiro sobre corrupção é ética. As conclusões, antecipo, revelam algo alarmante: todo povo tem os governantes que merece. Temos, nos representando no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores representantes legítimos do povo brasileiro. Apesar de ter sido publicada em 2006, não foi suficientemente debatida ou comentada. 
A pesquisa foi feita para tentar entender se os problemas éticos enfrentados pela sociedade brasileira são realmente concentrados nas elites detentoras do poder ou se existe uma conduta que se propaga em todas camadas da sociedade.
Os resultados mostraram que 69% dos eleitores brasileiros já transgrediram alguma lei ou ou descumpriram alguma regra contratual de forma consciente e intencional para adquirir ganhos materiais, sendo que 75% afirmaram que cometeriam algum dos 13 atos de corrupção avaliados pelo estudo se tivessem oportunidade. Ainda, 99% dos entrevistados disseram que conhecem alguém que já realizou algum dos atos mencionados a seguir:

1. Quando tem oportunidade, tenta dar uma "caixinha" ou "gorjeta" para se livrar de uma multa
2. Sonega impostos
3. Recebe benefícios do governo, sabendo que não tem direito a eles
4. Adquire documentos falsos ou falsifica documentos para obter algum tipo de vantagem (exemplo: identidade, carteira de motorista, carteirinha de estudante, diploma etc)
5. Quando tem uma oportunidade, pede mais de um recibo por um mesmo procedimento médico para obter mais reembolso do plano de saúde
6. Compra produtos que copiam os originais de marcas famosas sabendo que são piratas ou falsificados
7. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de TV a cabo, ou seja, aproveita a instalação do vizinho
8. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de água ou luz
9. Se tem chance, pega ou consome produtos em padarias, supermercados ou outros estabelecimentos comerciais sem pagar
10. Apresenta atestados médicos falsos no trabalho ou na escola
11. Se tem seguro de carro ou de qualquer outro tipo, quando tem uma oportunidade, frauda o seguro
12. Compra algo sabendo que é roubado
13. Falsifica atestado de saúde ou apresenta atestado de saúde falsificado para conseguir aposentadoria precoce (...)
Os resultados mostraram que 69% dos eleitores brasileiros já transgrediram alguma lei ou ou descumpriram alguma regra contratual de forma consciente e intencional para adquirir ganhos materiais, sendo que 75% afirmaram que cometeriam algum dos 13 atos de corrupção avaliados pelo estudo se tivessem oportunidade. Ainda, 99% dos entrevistados disseram que conhecem alguém que já realizou algum dos atos mencionados a seguir:

1. Quando tem oportunidade, tenta dar uma "caixinha" ou "gorjeta" para se livrar de uma multa
2. Sonega impostos
3. Recebe benefícios do governo, sabendo que não tem direito a eles
4. Adquire documentos falsos ou falsifica documentos para obter algum tipo de vantagem (exemplo: identidade, carteira de motorista, carteirinha de estudante, diploma etc)
5. Quando tem uma oportunidade, pede mais de um recibo por um mesmo procedimento médico para obter mais reembolso do plano de saúde
6. Compra produtos que copiam os originais de marcas famosas sabendo que são piratas ou falsificados
7. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de TV a cabo, ou seja, aproveita a instalação do vizinho
8. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de água ou luz
9. Se tem chance, pega ou consome produtos em padarias, supermercados ou outros estabelecimentos comerciais sem pagar
10. Apresenta atestados médicos falsos no trabalho ou na escola
11. Se tem seguro de carro ou de qualquer outro tipo, quando tem uma oportunidade, frauda o seguro
12. Compra algo sabendo que é roubado
13. Falsifica atestado de saúde ou apresenta atestado de saúde falsificado para conseguir aposentadoria precoce

A segunda parte da pesquisa verificou que a maioria dos eleitores brasileiros tolera algum tipo de corrupção de seus governantes e afirmou que ele mesmo, na posição do eleito exerceria algum tipo de corrupção. Os atos avaliados foram os seguintes:
1. Escolher familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança
2. Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/emprego para familiares/pessoas conhecidas
3. Contratar, sem licitação, empresas de familiares para prestação de serviços públicos
4. Pagar despesas pessoais não autorizadas (como compras no cartão de crédito ou combustível) com dinheiro público
5. Aproveitar viagens oficiais para lazer próprio e de familiares
6. Desviar recursos das áreas de saúde e educação para utilizar em outras áreas
7. Aceitar gratificações ou comissões para escolher uma empresa que prestará serviços ou venderá produtos ao governo
8. Usar "caixa 2" em campanhas eleitorais
9. Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para a campanha eleitoral do político
10. Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/familiar do político
11. Deputado ou Senador receber dinheiro de empresas privadas para fazer e/ou aprovar leis que as beneficiem
12. O político contratar "funcionários fantasmas", ou seja, pessoas que recebem salários do poder público sem trabalhar e ele ficar com esse dinheiro
13. Trocar o voto a favor do governo por um cargo para familiar ou amigo

Pela pesquisa, 59% dos entrevistados aceitaria a escolha de familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança e 43% admitem que se aproveite viagens oficiais para lazer próprio e de familiares.

Para ver os dados completos da pesquisa, clique aqui.

Os resultados falam por si só. E agora José, pra onde correr?