domingo, 29 de setembro de 2013

Agente do DMT de Açailândia “Autua” a própria viatura em que trabalha

Um fato no mínimo inusitado ocorrido em Açailândia vem repercutindo em todo Estado do Maranhão. Na última terça-feira (24), um agente de trânsito identificado como“Ponte” reteve e guinchou para o pátio do DETRAN a Viatura do DMTprópria viatura em que trabalha.
Após ser informado do fato, o Titular deste Blog, procurou o agente, assim como o presidente do sindicato dos mesmos, Sr. Rodolfo Morais para obter mais informações.
Durante uma conversa, fomos informados de que as péssimas condições em que se encontra a viatura teria sido o principal motivo para o agente tomar tal atitude.
Segundo o agente, o carro se quer poderia estar circulando, uma vez que o mesmo se encontra sem freio, pneu de step, macaco, chave de roda e extintor.
Ponte disse ainda que a direção do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), assim como a Viatura sem stepPrefeitura Municipal não pode alegar que não tem conhecimento do problema, já que vários ofícios foram encaminhados relatando a situação de todas as viaturas (carros e motos). Ainda segundo os agentes, a justiça para ser boa deve começar de casa.
“Como nós agentes vamos cobrar de um condutor alguma coisa, se nós estamos errados”, disse o Sr. Rodolfo Morais, presidente do sindicato dos agentes de trânsito de Açailândia.
O outro Lado
O Titular deste noticioso entrou em contato com o diretor do Departamento Municipal de Transito (DMT) para que pudesse esclarecer os fatos, mas o mesmo nos informou que iria consultar primeiro a assessoria jurídica da prefeitura sobre o que deve declarar a Imprensa.
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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

PF investiga mais de 90% das cidades do MA por desvios de verbas

Segundo o delegado Luís André, fraudes justificam baixo IDH de municípios. Maranhão é o Estado com maior número de crimes de agiotagem do país.
Delegado-Luís-André-Almeida
Delegado Luis André Almeida
O Maranhão conta com cerca de 700 inquéritos envolvendo desvios de recursos, fraude de licitações em prefeituras. “Fazendo uma projeção bastante ‘otimista’, algo em torno de 90% dos municípios do Maranhão possui uma investigação em curso, o que revela um quadro muito triste em nosso estado e que justifica o baixo IDH do Estado. Em números absolutos, é o Estado com o maior número de crimes dessa monta. Conseguimos superar São Paulo”, afirmou o delegado Luís André Almeida, que coordena a Operação Cheque em Branco.
A Operação realizou nesta sexta-feira (27) 10 conduções coercitivas, entre ex-prefeitos, ex-secretários e empresários. Foram apresentadas provas dos desvios de dinheiro de sete municípios: Arari, Serrano do Maranhão, Pedro do Rosário, Paulo Ramos, Cajapió, Vitória do Mearim e Turilândia. Os sete ex-prefeitos foram ouvidos.
“Esses gestores contraíam dívidas durante as eleições para ascender ao cargo púbico, com quadrilha de agiotas. O pagamento era feito com fraudes licitatórias, por meio de repasses federais, municipais e outros constitucionais. O que era mais estarrecedor é exatamente o modo de pagamento, que era muito peculiar. Muitos repassavam cheques em brancos, assinados, ou guias de saques em brancos, o que possibilitava à quadrilha uma verdadeira gestão dos recursos do município pela quadrilha. Era uma verdadeira transferência de responsabilidades”, disse o delegado.
A Polícia Federal confirmou, nesta sexta-feira (27) que 32 prefeituras do Maranhão estão sendo investigadas por desvio de recursos federais comandados por quadrilhas de agiotas.
“Sete ex-prefeitos foram intimados. As outras 25 investigações prosseguem, a um ritmo que é muito peculiar a essas investigações, pois envolve análise de contas, sigilos fiscais, movimentações bancárias. É preciso que se aprimorem para que no momento certo possamos intimar todos os envolvidos”.
Os ex-gestores vão responder pelo crime previsto no decreto lei nº 201, que é um crime de responsabilidade de prefeitos, que trata de desvio de recursos públicos. “A devolução espontânea dos recursos desviados me parece que não é clara, mas a polícia e os órgãos de controle vão fazer seu trabalho para que seja feita a recuperação desse montante”, concluiu.
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Eleição do SINTESPUBRE

SINTESPUBRE


          Eleição do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino e no Serviço Público Municipal de São Francisco do Brejão - SINTESPUBRE.

          No dia 1º de outubro de 2013 será realizada a eleição que decidirá qual chapa ficará no comando do SINTESPUBRE. Os sindicalistas não podem deixar de votar e escolher seus representantes no sindicato.

Chapa 01
“Juntos pela Justiça Social”
1.       Presidente: CLAUDNIR DE SOUSA GOMES
2.       Vice-Presidente: JAIRES DOS SANTOS ALMEIDA
3.       Secretária-Geral: NEUZIANE QUARESMA PEREIRA
4.       Suplente de Secretário: ÂNGELA MARIA PEREIRA MIRANDA
5.       Secretaria de Finanças: ANTONIA DE SÁ BORGES
6.       Suplente da Secretaria de Finanças: FABIANO BATISTA CARNEIRO
7.       Diretor de Formação e Orientação Sindical: ALZERINA SOUSA FEITOSA
8.       Diretor de Imprensa e Comunicação: FRANCISCO A. DE ARAÚJO VALE
9.       Diretor de Patrimônio: ERIVAN ARAÚJO FELIPE
10.   Primeiro Delegado Sindical junto à Federação: ADRIANA S. ALMEIDA
11.   Segundo Delegado junto à Federação: MARILENE FERNANDES DE SOUSA
12.   Conselho Fiscal Titular: MAGNO DE SOUSA CARNEIRO
13.   Conselho Fiscal Titular: MARIA DOS REIS A. DE FRANÇA
14.   Conselho Fiscal Suplente: EDINALVA T. BARROS
15.   Conselho Fiscal Suplente: JOTHEIA DE MELO LIMA
16.   Conselho Representante de Base: IRACEMA LIMA SOBREIRA
17.   Conselho Representante de Base: FRANCISCO DE ASSIS NASCIMENTO
18.   Suplente de Representante de Base: MARIA ILZA A. SOUSA
19.   Suplente de Representante de Base: MARIA DA PAZ ARAÚJO VALE
20.   Diretor Social: HUMBERTO GUIMARÃES ABREU

METAS PARA O MANDATO:
1.       Ampliação da estrutura da sede do Sindicato;
2.       Elaboração do Plano de Cargos e Salários dos Servidores;
3.       Propor a implantação do plano de saúde do servidor;
4.       Implantar atividades festivas e comemorativas para os servidores;
5.       Implantar calendário periódico de reuniões do sindicato;
6.       Elaboração do Plano de Cargos, Salários e valorização do Magistério;
7.       Respeitar as decisões das assembleias;
8.       Propor melhorias nas condições de trabalho dos servidores da saúde;
9.       Propor mudanças na data base para 1º de janeiro;
10.   Dar continuidade as ações do FGTS, da redução de carga horária, do rateio de 2010, dos empréstimos consignados e demais ações;
11.   Aquisição de um veículo para atender as necessidades do sindicato e as emergências dos servidores;
12.   Montar a cozinha do sindicato para tender especialmente os dias de movimentação;
13.   Nomear um porta-voz do sindicato em todos pontos de trabalho da administração pública;
14.   Prestações de conta mensal;
15.   Promover diálogo constante com transparência, integridade e respeito à democracia e realização de avaliação constante das ações do sindicato.

Chapa 02
“Unidos pela Justiça Social”
1.       Presidente: EDSON SILVA CHAVES
2.       Vice-Presidente: MARIA LUDENIR TAVEIRA DOS SANTOS
3.       Secretária-Geral: ANA BORGES PEREIRA
4.       Suplente de Secretário: FÁBIO DA SILVA SANTOS
5.       Secretaria de Finanças: FRANCISCO RODRIGUES CARDOSO
6.       Suplente da Secretaria de Finanças: JOSÉ DOMINGOS SILVA DOS ANJOS
7.       Diretor de Formação e Orientação Sindical: EDIMAR BARBOSA SILVA
8.       Diretor de Imprensa e Comunicação: JACKSON CARDOSO BARBOSA
9.       Diretor de Patrimônio: ZAQUEL OLIVEIRA PEREIRA
10.   Diretor Social: EGNALVA FERNANDES GONÇALVES
11.   Segundo Delegado junto à Federação: IRIS GOMES CHAVES
12.   Conselho Fiscal Titular: PERPÉTUA SOUSA ARAÚJO DA SILVA
13.   Conselho Fiscal Titular: JOÃO CARLOS DE ARAÚJO
14.   Conselho Fiscal Suplente: EDILENE MONTEIRO DA SILVA CHAVES
15.   Conselho Fiscal Suplente: JORGE ALVES TEIXEIRA
16.   Conselho Representante de Base: ANTONIO JOSÉ DE OLIVEIRA
17.   Conselho Representante de Base: JOSÉ DEILTON PEREIRA
18.   Suplente de Representante de Base: IRISMAR RODRIGUES DOS SANTOS
19.   Suplente de Representante de Base: EVANILDE SILVA CHAVES
20.   Primeiro Delegado Sindical junto à Federação: ALDENORA SOUZA CONCEIÇÃO

METAS PARA O MANDATO:
1.       Ter como base o diálogo;
2.       Capacitar os trabalhadores quanto aos seus direitos e deveres;
3.       Dar assistência jurídica;
4.       Dar atendimento de qualidade aos associados;
5.       Evitar assédio moral;
6.       Evitar conflitos pessoais ou coletivos;
7.       Garantir os direito dos trabalhadores;
8.       Manter assistência gratuita de consulta ao SPC e SERASA;
9.       Xerox e impressões gratuitas;
10.   Construir auditório próprio para promover reuniões, eventos e seminários.

          Vote consciente e escolha bem seus representantes.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Entenda diferenças entre regimes de trabalho estatutário e celetista

Denomina-se funcionário público todos aqueles que exercem alguma função pública, incluindo os agentes políticos, os eleitos periodicamente, como o presidente da República, os prefeitos, os governadores e os parlamentares. Também são considerados agentes públicos as pessoas que de forma temporária exercem uma função pública, como por exemplo, os mesários convocados para as eleições. Mas a dúvida é: o regime de trabalho de um funcionário público é igual para todos?
A resposta é não. Quem explica é Carlos José Teixeira de Toledo, coordenador e palestrante do Instituto Brasileiro de Educação em Gestão Pública (IBEGESP). O servidor estatutário tem todos os direitos e obrigações estabelecidos em normas legais produzidas pelo órgão público ao qual está vinculado. Ao conjunto dessas regras, dá-se o nome de ‘estatuto’ do servidor.
Esse regime pode ser modificado unilateralmente pela administração. Por essa razão, se diz que o servidor estatutário não tem direito adquirido a determinado regime jurídico, pois esse pode ser modificado pela lei. Assim, jornada, forma de remuneração, características e atribuições do cargo podem ser alteradas, respeitando-se apenas alguns limites estabelecidos na Constituição.
Já o servidor celetista tem um vínculo baseado no contrato de trabalho e, principalmente, nas regras da CLT, podendo ter algumas cláusulas que são estabelecidas por meio de normas legais editadas pelos órgãos públicos a que estão vinculados. Mas a natureza contratual do vínculo impede que ocorra a alteração unilateral com a mesma amplitude que ocorre no regime estatutário.

De acordo com o especialista, a principal diferença entre os regimes, em termos de direitos do servidor, é que o servidor público estatutário, quando é titular de um cargo efetivo, isto é, admitido por meio de concurso público, pode alcançar a estabilidade após o período de estágio probatório de três anos, direito a que o servidor celetista não faz jus. O servidor celetista, ao contrário, tem como garantia para sua despedida o regime do FGTS”.

O especialista ressalta outra vantagem do regime estatutário do titular de cargo efetivo: participar do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Público, o chamado RPPS. “O servidor celetista, por sua vez, é vinculado ao Regime Geral de Previdência Social. Porém, atualmente, com a implementação do teto de benefícios e da criação dos Regimes de Previdência Complementar ao RPPS, as vantagens do regime estatutário para aquele que ingressa na administração hoje são bem sutis, visto que RPPS e RGPS estão se tornando bem semelhantes.”

Indagado sobre os direitos e deveres da cada um, o professor afirma que variam conforme o cargo e a carreira escolhida, bem como a natureza do vínculo. “De maneira geral, os principais deveres dos servidores estatutários são atuar com lealdade, obediência, assiduidade e eficiência. Já os direitos variam muito, conforme o regime legal ou contratual. O principal direito, sem dúvida, é a retribuição correspondente ao cargo ou emprego desempenhado, a qual não pode ser objeto de redução, ressalvadas as parcelas de natureza variável ou eventual”, explica.

É possível em um mesmo órgão público encontrar as duas espécies de servidor. Porém, o especialista reforça que o regime estatuário é o mais indicado para a atuação em atividades tipicamente estatais que envolvam o exercício de poder. Assim, atividades policiais, judiciais, jurídicas, fiscalizatórias, entre outras são mais adequadamente desempenhadas por servidores estatutários.
Já atividades exercidas nas entidades estatais que tenham estrutura de direito privado - empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações de direito privado - devem ser desempenhadas por servidores celetistas, especialmente se tais entidades se dedicarem a atividades empresariais e comerciais.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Por Flávio Dino




Conheço o Maranhão inteiro. Tenho visto paisagens lindas, acompanhado o esforço de trabalhadores e empresários para produzir riqueza, recebido acolhidas inesquecíveis.

Contudo, infelizmente também tenho visto muitas cenas que partem o coração, como pessoas carregando água em lombo de burro para levar para suas casas. O mais absurdo é saber que isso ocorre em um Estado onde há água disponível em quase todo o território.

Essa foto parece ter sido tirada há 50 anos atrás, talvez mais. Porém ela foi tirada no último final de semana. Essa imagem triste, síntese de tantas injustiças, comprova que chegou a hora de virar a página do passado.

Hoje metade da população do Maranhão vive em casas sem água e sem banheiro. Mudar essa realidade absurda é um compromisso de vida.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Lei garante ao trabalhador direito de portabilidade na conta-salário



Disponível para os trabalhadores do setor privado desde 2009, a portabilidade bancária passou a ser permitida para o funcionalismo público nesta virada de ano de 2010. Assim, os servidores poderão solicitar a transferência de seus salários para o banco de sua preferência.
Para isso, deve ser feita uma solicitação por escrito ao banco no qual o poder público deposita o salário do servidor. A instituição tem prazo de até cinco dias úteis, contados a partir do recebimento do comunicado do cliente, para passar a transferir, mensalmente e sem custos, o salário do funcionário para o banco escolhido por ele. De acordo com a Resolução 3.402, de 2006, do Banco Central (BC), o salário deve ser repassado para a conta indicada pelo servidor no mesmo dia em que for creditado pelo órgão público no primeiro banco.
A demora para que as regras da portabilidade pudessem valer para os servidores públicos deu mais tempo para que estados e municípios pudessem engordar seus caixas, leiloando as folhas de pagamento dos funcionários. Em maio deste ano, por exemplo, o Bradesco pagou R$ 1,8 bilhão pela folha dos servidores estaduais do Rio.
Melhor serviço
Com a possibilidade de escolher em que banco vai movimentar o dinheiro de seu salário, o servidor ficará livre para fazer negócios com a instituição que oferecer serviços melhores ou tarifas mais baixas.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

professores estressados, alunos entediados

Cleusa Aparecida Neves

Em tempos de desafios, ao tecermos este texto, queremos socializar nossas inquietações e esperanças e também apontar caminhos. Não temos a pretensão de dar soluções ou fórmulas, mas pistas para uma resposta concreta à exigente tarefa de ensinar com qualidade a partir da realidade que nos interpela — a sala de aula —, apontando para a urgente necessidade de mudança de mentalidade e atitude.
Como tantas outras, não consideramos a realidade escolar um caos, mas temos que admitir que nem tudo são flores. Por exemplo, angustia-nos quando encontramos salas de aula onde muitos alunos não conseguem aprender, outros não apresentam interesse pelo estudo e um número significativo, frequentemente, é colocado para fora da sala por indisciplina. Também inquieta-nos ouvir dos professores que “os alunos não querem nada”, “são desinteressados” e “estão desmotivados”; que “há alunos dormindo na hora da aula porque passam a noite navegando na internet”; que “a maioria fica querendo usar celular e MP3 no horário da aula”; e, dentre outras constatações, que “a dificuldade da escola vem da família, que não sabe dar limites e, cada vez mais desestruturada, delega toda a responsabilidade da educação para a escola e não acompanha a vida escolar dos filhos”.
Quando nos deparamos com uma realidade que nos conduz à constatação de que grande parte dos alunos não manifesta interesse nem quer interagir, comunicar-se e crescer a partir das experiências com o mundo real que é a sala de aula, precisamos tentar compreender a situação e cuidar dela. Todavia, devemos levar em conta o que dizem esses alunos quando afirmavam, por exemplo, que “as aulas são chatas” e que “assistir aula é um saco”.

É bem verdade que uma realidade assim, desafiadora, nos interpela. Por que será que os alunos estão entediados e desinteressados e deixando os adultos estressados e de cabelos em pé? Onde está a raiz do problema?
Ir em busca de respostas para tais indagações, mais que um convite, é uma convocação para acordarmos para os problemas e aprendermos a lidar com eles. Quando o assunto é sala de aula, pouco serve somente queixar-se das dificuldades sem tentar compreendê-las e enfrentá-las como um problema da escola e do professor. E, sabemos, uma análise simplória não ajuda. Precisamos usar as armas da reflexão, cientes de que a origem desse desinteresse e dessa apatia por parte dos alunos não se dá somente porque a criança e/ou o adolescente tem problemas neurológicos, é autista, hiperativo, etc., ou por questões de personalidade, adolescência ou descaso da família. O problema é muito mais complexo e envolve uma combinação de fatores.
Ao voltarmos nosso olhar para a sala de aula, arena onde se dá a “batalha” do aprender e do ensinar, queremos fazer algumas considerações. Por exemplo, não podemos pensar a realidade escolar sem levar em conta a questão da globalização, com sua crescente exigência quanto à especialização dos recursos humanos e ao massacre seletivo e excludente do mercado; o advento e a influência das novas tecnologias e as implicações delas no cotidiano escolar; a concorrência do mercado; e, não raro, a fragilidade da formação dos professores.
No que toca ao estresse dos professores, à inércia e ao descaso dos alunos, acreditamos que aconteçam, principalmente, porque predomina a educação informativa, em que a metodologia adotada não privilegia a participação. Vale ressaltar que, enquanto os alunos anseiam e buscam o ciberespaço, muitos professores ainda insistem com suas aulas expositivas na sequência formal de livros e apostilas. À base do “cuspe e giz”, transformam os alunos em meros receptores, deixando transparecer que têm dificuldade de entender que uma sala de aula, nessa dinâmica, é por demais anacrônica para crianças e jovens da era digital plenos de energia. Há premência de esses professores perceberem que esse jeito de ensinar não é mais possível, pois não atrai nem funciona para a atual geração.
Podemos agregar aos desafios cotidianos da sala de aula a dificuldade que o professor demonstra em lidar com a heterogeneidade e ver na diversidade uma fonte de riqueza. A sala de aula é um fenômeno rico e complexo, que abriga uma diversidade de ânimos, classes sociais e econômicas, sentimentos, etc. Muitas vezes, o professor desperdiça essa riqueza, ou parte dela, quando insiste em uniformizar métodos, atitudes e formas de pensar e não consegue romper com o estático/rígido nem se abrir para o convívio com a singularidade e complexidade do ser humano.
Com a perspectiva apontada para a qualidade, acreditamos que a única via para uma ação educativa mais eficaz e significativa seja a mudança de mentalidade e atitude. Educação de qualidade é um desafio exigente que pressupõe um olhar crítico sobre a realidade, somado à eficiência profissional e ao interesse e à ousadia para construí-la.
Cada vez mais nos convencemos de que o maior desafio para a escola é passar de transmissora a produtora de conhecimento. À primeira vista, isso pode parecer fácil e simples, mas não é bem assim. Dar um salto da transmissão para a construção significa uma mudança de eixo e implica vontade política, agregada à competência tanto da instituição quanto do professor. À escola, compete subsidiar a construção do ambiente de ensino — a sala de aula — e colaborar na formação do professor, a fim de que possa trabalhar o conteúdo curricular, proporcionando um aprendizado mais atraente, interessante e eficiente, desenvolvendo, a um só tempo, o espírito de colaboração, de interação e de autonomia. Ao professor, interessar-se e engajar-se com ousadia e criatividade para criar e recriar estratégias e situações de aprendizagem, pois o protagonismo da mudança em sala de aula é exclusividade dele.
Quando o professor atua sob a égide desse paradigma, ele ressignifica sua liderança na sala de aula, pois tem consciência de que seu papel não se resume a transmitir conhecimento. De transmissor de conteúdos, ele passa para facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Como consequência, dará novo rumo à sua ação pedagógica, desenvolvendo estratégias que, efetivamente, ajudarão seus alunos a superarem as dificuldades e a tomarem as rédeas da própria aprendizagem, através da adesão às suas provocações e dos convites para conhecerem dimensões do conhecimento ainda não visitadas. Ao contrário das entediantes aulas expositivas, este é um trabalho desafiador, envolvente e instigante, tanto para quem ensina quanto para quem aprende, pois possibilita envolvimento e participação. Nessa dinâmica, o professor passa a interrogar e a interrogar-se, buscando descobrir o porquê de os seus alunos não compreenderem ou não aprenderem, não se interessarem ou se entediarem.


Sabemos que o cotidiano escolar tem seus desafios, mas não podemos permitir que a sala de aula se torne um espaço angustiante e conflitante a ponto de estressar professores e entediar alunos. Precisamos acordar e sair da comodidade. Como nos ensina Emerson, “tempos difíceis têm um valor científico. São as oportunidades que um bom aprendiz jamais perde”.
Àguisa de conclusão, ressaltamos que hoje, mais do que nunca, é inconcebível pensar na sala de aula sem considerarmos a complexidade e os avanços; sem estabelecermos a relação entre a didática, os diferentes recursos tecnológicos e o conhecimento de suas potencialidades e limitações. Vale dizer que o livro didático, o dicionário, a lousa devem continuar sendo usados, mas passam a ser um material de apoio como tantos outros que estão disponíveis para a atividade de aprendizagem, como, por exemplo, os materiais audiovisuais e as hipermídias. São inúmeros os estímulos antes não existentes; por isso, é impossível o professor virar as costas para as mudanças e os avanços do mundo que, gradativamente e cada vez mais, fazem parte da vida. Sites de pesquisa, redes sociais e softwares fazem parte do processo de socialização dos alunos tanto quanto (e, muitas vezes, mais que) os livros e a televisão. Quanto à realidade familiar de nossos alunos, não ajuda atribuirmos a culpa do insucesso ao “modelo contemporâneo”. Não podemos nos esquivar, esse é o modelo que temos, precisamos aprender a lidar com ele.
Mirando a fadiga do aprendente e do ensinante no cotidiano da sala de aula, concluímos que não há como ensinar apenas à moda antiga. São urgentes a inovação pedagógica e a renovação didática. A realidade exige de nós mais criatividade, versatilidade e habilidade para lidar com o novo, construindo novas práticas. Caso contrário, seremos mais um “adulto de cabelo em pé”. Mas, para tal, urge que o saber educativo seja melhor embasado, dentre outros, através do acesso ao conhecimento, da reflexão e participação em debates e troca de experiências. Outrossim, é imprescindível buscar garantir maior presença dos professores em momentos de estudo propiciado pela escola.
Para salas de aula com professores estressados e alunos entediados, “precisamos de professores interessantes e interessados. Precisamos de inspiradores, e não de repetidores”. Há premência em ampliar o quadro com professores que tenham esse perfil. Esse tipo de profissional não se faz em um dia, mas se constrói com e a partir de busca incessante e esforço contínuo, movido, sobretudo, por uma motivação interna. Nossa grande interrogação é: Como fazer para despertar em nossos professores o desejo de ser “interessantes e interessados, inspiradores, e não repetidores”?
Como o profeta da esperança, queremos acreditar e lutar pela mudança na educação e por uma educação de qualidade. A vida é uma sucessão de batalhas que nos cobram coragem, criatividade e um inabalável espírito de luta. Precisamos, sem prepotência e arrogância, fitar o futuro com coragem, sabendo que pessimismo não ajuda. Não podemos permitir que as dificuldades nos impeçam de sonhar e lutar. Por isso, sugerimos uma visita a Platão, em Alegoria da Caverna, obra na qual podemos encontrar inspiração para instigarmos nosso desejo e sentido para a repulsa de permanecermos no interior da caverna, como prisioneiros, que, com certeza, não é lugar para educadores/as. Contundente, o filósofo nos provoca a sairmos da caverna para que possamos ver o essencial e transcender a escuridão.
Cleusa Aparecida Neves é coordenadora pedagógica e mestre em Educação.
E-mail: cleusapneves@yahoo.com.br.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O EXCESSO DE CONHECIMENTO E A SIDROME SPA

A educação não tem perdido a qualidade apenas pela desvalorização do professor. Diversos outros fatores têm contribuído com essa crise educacional, os programas de ensino também possuem uma grande parte de culpa, pelo fato de muitas informações inúteis. Com isso os alunos se tornam estressados e acomodados. Os professores de alguma forma estão cansados com o método de ensino, no mundo inteiro a educação tem vivido em crise, pois o sistema da educação tem imposto ao professor uma forma de ensino engessado, ou seja, o programa não leva em consideração que em uma classe os alunos possuem personalidades distintas. Dessa forma o mestre não pode de maneira nenhuma modificar o programa. O educador tem tido obrigação de levar ao aluno o conhecimento pronto, onde deveria fazer com que o aluno tivesse o interesse em buscá-lo, ou seja, a resposta para as suas dúvidas.

Com isso os alunos tornam-se pessoas fracassadas, doentes, sem objetivos e sem sonhos. O professor hoje esta mais pra servo do que para poeta da vida. Os pais passaram a providenciar tudo aquilo que o filho deseja, com a tecnologia computadores, vídeo games e televisão tem ocupado um grande tempo das crianças e jovens tirando a infância dos mesmos.
Tudo isso fez surgir uma doença denominada pelos psicólogos: síndrome do pensamento acelerado (SPA), ocasionado pelo fato de jovens e crianças receberem muitas informações e prática de menos, pelo avanço da tecnologia e conseguinte o aumento do conhecimento. Os jovens conseguem desenvolver diversas atividades ao mesmo tempo, mas o seu emocional está passado por diversas crises encontrando-se lá embaixo.
Os jovens perderam seus sonhos, suas metas, enfim seus objetivos. Devemos buscar de alguma forma resgatar e incentivar os mesmos voltar a sonhar.
AUGUSTO CURY

sábado, 7 de setembro de 2013

O Resgate cívico: Prefeitura de Açailândia realiza desfile alusivo à independência do Brasil.


Sec. de Educação Ivanete e a Prefeita Gleide
O desfile foi realizado na manhã desta sexta dia 6 e contou com a participação das escolas do município e varias instituições particulares, ao todos, foram cerca de 50 pelotões e algo em torno de 10 fanfarras entre locais e convidadas, além das escolas, grupos culturais como Capoeira, Quadrilhas Juninas e Grupo de artes marciais como o Jiu Jitsu, também participaram do desfile.
Grupo de capoeira fazendo apresentação durante o desfile
A cerimonia de abertura teve o hino nacional e da independência tocados pela fanfarra municipal de Ulianópolis PA, após breve discurso da prefeita Gleide Santos, o grande desfile de pelotões saiu pelas principais vias do centro da cidade e atraiu centenas de populares, de acordo com a secretária de educação Ivanete Carvalho, a antecipação do desfile para o dia 6 foi para que tanto o comercio quanto a população, participassem mais ativamente da programação, e não deu outra, ruas lotadas e grande movimentação abrilhantou o desfile que trouxe de volta a esperança do resgate cívico, essa foi uma das promessas de campanha da prefeita Gleide Santos (PMDB), e que foi cumprida, diga-se de passagem, com muita competência pelos profissionais da educação.
A Policias Militar, os Guardar de Transito (DMT) e o SAMU acompanharam todo o trajeto e a festa foi tranquila, não houve nenhum incidente e no final, cada escola teve seu pelotão descrito e explicado em detalhes, assim, todos puderam saber de fato o que representava cada escola durante o desfile alusivo.
De acordo com a prefeita Gleide Santos, essa foi à primeira festa de resgate cívico e as próximas edições serão bem melhores, “Essa é apenas a primeira das grandes festas cívicas que faremos ao longo do nosso mandato, queremos ano a ano, resgatar a cidadania e o civismo que ficou perdido pela história do município, queremos alunos que conheçam e saibam cantar o Hino Nacional , e o desfile de independência é uma oportunidade tanto da população quanto de alunos e professores de estarem mais próximos, as fanfarras bonitas, os pelotões, amei todo o trabalho desenvolvido pela secretaria de educação, foi de fato, um evento de excelência, e o povo deu um show vindo prestigiar esse evento, os próximos serão ainda mais surpreendentes, vocês verão”, declarou a prefeita Gleide Santos.

Equipe da Sec. de Educação
Para a secretaria Ivanete Carvalho, as expectativas foram superadas e as metas alcançadas, “Alcançamos as metas colocadas para este evento, foi muito bom ver o empenho de todos os educadores e alunos para fazer esse momento acontecer, estou muito feliz com os resultados, e principalmente pela pré-avaliação positiva que já tivemos da população durante o percurso em que fizemos parte coimo pelotão de frente, foi muito bom, principalmente pelo fato da prefeita Gleide ter vindo e desfilado junto com os educadores e alunos, foi uma prova de que o governante deve estar em sincronismo os servidores, agradeço a Deus por esse momento especial, agradeço também a prefeita pela confiança posta em mim e claro, aos educadores que fizeram com que tudo isso fosse possível com os nossos queridos alunos”, finalizou Ivanete, secretária de Educação.
Dona Marlucia mãe de um dos alunos, declarou que ficou bastante satisfeita com tudo que viu e com o comprometimento da prefeita Gleide em resgatar esses momentos importantes para a nossa cultura, “Eu não imaginava que seria tão bom assim, na verdade eu até achei que não seria bom, mas depois que vim com meu filho e vi o tamanho do desfile, fiquei impressionada, a prefeita Gleide conseguiu superar todos os últimos desfiles que eu vi aqui na cidade nos últimos tempos, gostei muito, está de parabéns”, Finalizou dona Marlucia.
Professores de instituições particulares elogiaram a realização da festa também, para alguns deles, foi um dos melhores desfiles já vistos em Açailândia, lembrou as festas cívicas dos anos 80 e 90 quando todos iam às ruas e era verdadeiramente uma festa de muita expectativa para nós e os alunos, acho que agora a expectativa para o ano que vem será muito grande, confessou uma das professoras da escola Ebenezer, instituição de ensino particular da cidade.
Autoridades como o vereador Márcio Anibal, estiveram, durante todo o evento, além de apoiar, ele também teve filhos participando do desfile, para Márcio, foi um momento muito importante para o resgate cultural do município, “Eu fiquei feliz com uma festa desse porte, é o que o nosso município realmente merece, e prestigiar como vereador e pai de aluno foi ainda mais satisfatório pra mim, outro fato que achei de extrema importância foi a participação de grupos culturais como as quadrilhas juninas, isso enfatiza a importância que esses grupos tem para a nossa cultura, tenho certeza que não apenas eu, mas também, toda a população que veio prestigiar o evento, saiu satisfeito com o que viu” Disse Marcio Anibal, vereador.
Para a presidente da Câmara Municipal, Lenilda Costa, o momento foi pontual na valorização dos educadores, “Acho que esse foi um momento de grande valorização dos nossos educadores, por que mesmo diante de uma tarefa tão difícil como essa, não baixaram a guarda e conseguiram realizar com extrema qualidade um dos momentos mais lindos que já pude prestigiar aqui em Açailândia, cada escola que se apresentou teve muita alegria, foi um desfile alegre e bem diversificado, parabéns a prefeita e toda a equipe da secretaria de educação, o evento foi maravilhoso”, enfatizou Lenilda Costa.
Finalizando o evento, a equipe do SAMU liderada pelo secretário de saúde Denison Gigante, fez uma rápida apresentação, simulando um atendimento de emergência, mostrando assim, a competência da equipe que hoje presta esse tipo de serviço à população.

7 DE SETEMBRO EM SÃO FRANCISCO DO BREJÃO - MA.