sábado, 30 de novembro de 2013

Justiça determina multa se Gleide não reduzir a carga horaria dos professores

O SINTRASEMA, acaba de conseguir mais uma vitória contra a tirania do atual governo municipal de Açailândia foi a DECISÃO JUDICIAL LIMINAR favorável ao pedido de REORGANIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DA EDUCAÇÃO, conforme Lei Federal nº 11.738/2008, incluindo todos os profissionais do magistério. A Diretoria do SINTRASEMA e do Departamento Jurídico deste Sindicato, através do Dr. Thiago Sebastião Campelo Dantas.
Concedo parcialmente a liminar, para determinar ao Município de Açailândia, que a partir do primeiro dia do ano letivo de 2014, adeque a carga horá ria de seus profissionais do magistério nos moldes da Lei Federal 11.738/2008, ou seja: a) para o regime integral de 40h, a carga horária em classe será de 26h40min, enquanto a extraclasse ficará em 13h20min; e b) para o regime parcial de 25h, a carga horária em classe será de 16h40min, enquanto a extraclasse ficará em 8h20min. Considerando a relevância dos direitos envolvidos na lide, bem como o número de pessoas lesadas, estabeleço multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a dez dias multa, caso haja o descumprimento desta decisão.
Citese e intime-se a parte ré, através de sua representação judicial - Procuradoria Geral do Município de Açailândia -, fim de que, querendo, apresente contestação no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de serem reputadas verdadeiras as afirmações articuladas na petição inicial (arts. 285, 297 e 319, CPC). Intime-se o Município de Açailândia, através do Setor de Recursos Humanos do Poder Executivo para que em tempo, tome as medidascabíveis e necessárias ao cumprimento desta decisão.
Oficie-se à Secretaria Municipal de Educação deste município para, no prazo de trinta dias, encaminhar a este Juízo relação nominal do quantitativo geral do quadro de profissionais da educação - sejam efetivos, comissionados, cedidos,
substitutos, temporários, terceirizados ou contratados a título precário - que ingressaram a partir de abril de 2011. Notifique-se o Ministério Público.
Sirva-se de MANDADO, CARTA e OFÍCIO a presente decisão (Ofício Circular n.º 11/2009-GAB/CGJ).
Cumpra-se.
Açailândia, 28 de novembro de 2013.
Angelo Antonio Alencar dos Santos
Juiz de Direito

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Escolas da rede pública e privada do estado ficarão sem aula durante a Copa

Escolas e faculdades privadas antecipam início do ano letivo devido ao calendário de jogos esportivos. Durante a Copa do Mundo, todas as redes de ensino terão férias


Salas de aulas ficarão vazias durante a Copa do Mundo (A.Baêta/OIMP/D.A Press)
Salas de aulas ficarão vazias durante a Copa do Mundo
 
Os estudantes de escolas municipais, estaduais, faculdades e universidades vão estar de férias durante toda a Copa do Mundo de 2014, que terá jogos em alguns estados brasileiros. Por conta do evento esportivo mundial, o ano letivo para alunos de escolas e faculdades privadas irá começar em janeiro, já as escolas públicas estaduais, as aulas só iniciam em março, para as escolas municipais e universidades públicas, o calendário do ano letivo de 2014 ainda não foi divulgado.

A possibilidade de alteração no calendário escolar da rede de ensino pública e privada está garantida pela Lei Nº, a Lei Geral da Copa. Por essa lei, os sistemas de ensino dos locais que vão receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 podem readequar o ano letivo, desde que não reduzam o número de horas previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Mesmo não recebendo jogos da Copa do Mundo, em São Luís, as escolas públicas e privadas de São Luís, aderiram à Lei da Copa, reajustando o período de férias para conciliar com o período de realização do evento esportivo.

A maioria das escolas, faculdades e universidades particulares da capital, vão iniciar o ano letivo no dia 13 de janeiro e entrarão de férias em 12 de junho de 2014, fazendo com que o período de férias seja o período em que os jogos serão realizados. Já no segundo semestre, as aulas serão retomadas no dia 21 de julho, com previsão de termino no dia 20 de dezembro.

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Maranhão, Raimundo Figueiredo, afirmou que o calendário do ano letivo de 2014 é de responsabilidade das escolas, e que a maioria decidiu iniciar as aulas na segunda quinzena de janeiro, principalmente do Ensino Médio por causa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no fim do ano.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o calendário do ano que vem será concluído na próxima semana, mas os 200 dias letivos de aula de 2014, já estão garantidos. As férias dos discente e docente no meio do ano serão no mesmo período de realização da Copa do Mundo.

Nas escolas estaduais, o calendário foi alterado por causa da greve dos professores, que fez com que as aulas tenham previsão de término em meados de fevereiro. No novo calendário de 2014, as aulas começarão no dia 6 de março. Já as férias também estarão compreendidas no período de 12 de junho a 11 de julho, mesmo período da Copa, sendo de 12 de junho a 11. O encerramento ano letivo de 2014 tem previsão para 9 de fevereiro de 2015.

Segundo a Secretaria de Educação Estadual (Seeduc), os 200 dias letivos dos alunos estão assegurados e que os dias de sábado não serão necessários para repor aulas.

Para a universitária Conceição Castro, de 32 anos, a antecipação das férias por causa da Copa, vai acabar prejudicando os compromissos dela, que sempre eram marcados no tempo normal de férias da universidade.

“Acredito que a universidade não pode impor que a gente altere toda uma rotina por causa de uma competição de futebol. Foi horrível essa antecipação do calendário. Pela rotina que tenho, me sinto prejudicada. Acredito que eles deveriam ter planejado antes para ter nos informado.” disse Conceição Castro.

Para o aluno de escola pública, Vinicius Soares, a antecipação das férias, é mais que importante, porque asim os alunos vão ficar despreocupados e poderão assistir aos jogos de forma tranquila.

“Concordo com a antecipação das férias, porque o futebol é uma cultura dos brasileiros e afinal de contas, a Copa do mundo será no Brasil, então todos gostam de assistir aos jogos” disse Marcos Vinicius.

Aprendendo com a Copa

De acordo com a pedagoga Samia Priscila, os alunos não serão prejudicados durante a Copa do Mundo, porque as férias estão apenas sendo antecipadas, mas os professores podem aproveitar o evento esportivo para trabalhar em sala, de forma positiva.

“Eu acredito que os alunos não serão prejudicados durante a Copa porque as férias apenas serão antecipadas. Os professores podem aproveitar a oportunidade de trabalhar de forma dinâmica sobre o tema Copa do mundo” disse a pedagoga Samia Priscila.

A pedagoga concluiu dizendo que, os professores podem utilizar o tema Copa do Mundo e pedirem para alunos elaborarem maquetes de campos de futebol, mostrar a física dentro do campo, as cores das bandeiras dos países que vão jogar, a matemática da quantidade de jogadores em campo, bem como de torcedores. São inúmeras formas em que o professor pode utilizar a temática para que a Copa do Mundo seja instrumento de aprendizado.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O poder da mesa

Como driblar a escassez do tempo e investir em um hábito antigo, porém eficiente: o partilhar do pão em família 
O poder da mesa

A mesa. Para alguns, apenas uma peça do mobiliário doméstico que serve para compor um ambiente da casa e deixá-lo mais bonito. Para outros, um local cômodo e rápido para depositar tudo o que se traz da rua e se empilham diversas coisas.
Mas um fato é certo. Quando o indivíduo utiliza a mesa para a comunhão por meio do alimento, ele desenvolve uma mente mais inteligente, espírito mais forte, corpo mais saudável e torna-se uma pessoa mais feliz. A autora Devi Titus traz à tona esse assunto no livro "A Experiência da Mesa". Com o intuito de levar o leitor a descobrir relacionamentos mais profundos e significativos, Devi defende que a mesa tem um impacto significativo sobre a alma. Ela trata os instantes à mesa como um tesouro que, ao ser aplicado na hora certa, pode resultar em novos níveis de satisfação nos relacionamentos.
A vida moderna, o excesso de compromissos, o tempo escasso e também a negligência têm sido os grandes responsáveis pela perda desse momento, que pode ser considerado sagrado. O ritmo acelerado da sociedade contemporânea ocasiona a perda de uma comunicação de qualidade e o enfraquecimento das relações interpessoais. Assim, a família, a comunidade e até a nação acabam sofrendo as consequências da desagregação.
Através do princípio da mesa, a autora, que é uma das mais reconhecidas conferencistas e escritoras cristãs da América do Norte, destaca que o simples fato de abandonar um hábito como o de sentar-se à mesa e compartilhar a refeição faz com que o indivíduo acabe por se esquecer de valores considerados fundamentais na vida familiar. "Não existe experiência de vida que substitua a conexão e o significado criados ao comermos juntos à mesa", resume ela. O importante é a troca de afeto. E isso é o que constrói uma família.
Incrementar esse momento diante da mesa potencializa a comunicação entre os membros da família, pois quando todos têm a oportunidade de se posicionar face a face, a compreensão da escuta e da fala se iguala, promovendo comunhão e momentos inesquecíveis que, com certeza, irão trazer crescimento e serão lembrados para sempre.
Na Escritura Sagrada, há relatos que se referem à mesa desde o Velho Testamento. A primeira vez que a palavra é usada na Bíblia é em Êxodo 25. Nesse capítulo, Deus entregou a Moisés instruções muito detalhadas sobre o mobiliário a ser colocado no Tabernáculo, o primeiro lugar oficial de reunião para o Seu povo. Há registros de ocasiões importantes em que o encontro à mesa resultava não apenas no partilhar do pão, mas também na transmissão de doutrinas, valores, ideais e posturas, fato também comprovado pela ciência. Estudos realizados por universidades da Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha afirmam que esse momento ajuda na organização social, na imposição de limites, no enriquecimento das relações interpessoais e do vocabulário.
SANTA MESA
Pensando na realidade bíblica, vale a pena observar a experiência de Jesus com os discípulos. Um dos elementos pedagógicos usados por Cristo para ensinar e transformar a vida de 12 homens com histórias e vivências diferentes foi a reunião em torno da mesa. Nesse lugar especial, Jesus teve seus pés ungidos por uma mulher e ensinou que quem sabe o quanto foi perdoado consegue expressar um coração mais grato e adorador (Lucas 7:37).
Em outra ocasião ao redor da mesa, Jesus celebrou a ceia com os discípulos, e mesmo sabendo que Judas O trairia, não o privou daquele momento, aproveitando o ensejo para ensinar que ali é um lugar de acolhimento. O Filho de Deus estava sempre cercado por um grupo, fosse grande ou pequeno, e utilizava elementos comuns à mesa daquele tempo para ilustrar ensinamentos simples e profundos.
O livro de Atos, capítulo 24, relata que, ao ressuscitar, Jesus aparece no caminho de Emaús para os discípulos, que só percebem que quem estava com eles era Cristo quando param para jantar. E lá estava novamente a mesa. Também ressurreto, Jesus aparece aos discípulos em um jantar na praia e, nesse encontro, Ele restaura Pedro. A mesa foi um lugar especial na vida diária do Salvador. Dessa forma, ela também pode e precisa ser um lugar especial para a edificação familiar hoje.
O psicólogo e pastor da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Iranildo Ferreira, é casado há 12 anos com Tárcia. Com a chegada do pequeno Gustavo há pouco mais de um ano, o casal passou a observar que um momento interessante de ensinar valores ao filho era durante as refeições. Por isso, considerou o quão necessário era estabelecer na rotina da família o hábito de ter esse momento de comunhão à mesa.
Além de o casal ter que cumprir suas atividades profissionais, Gustavo passou a frequentar a creche e, com isso, a família ficou privada da presença um do outro pela maior parte do tempo. "Seguindo os princípios bíblicos, identificamos o poder da celebração ao redor da mesa, justamente quando nos demos conta de que estávamos reféns de nossos compromissos externos e insensíveis aos compromissos dentro de casa", verificou Iranildo.
Uma vez constatado isso, a celebração em família passou a fazer do encontro um momento em que simultaneamente pais e filho dispõem ali de um alimento para a vida e para o reforço dos laços amorosos. A vivência partilhada torna o ser humano mais próximo, resultando na conquista de uma intimidade semelhante à do encontro pessoal que Adão e Eva tinham com Deus diariamente no Jardim do Éden.
A mesa é também um sinal de alegria e comunhão (Ap 3:20). Na parábola do filho pródigo, vê-se que ele não sentia saudade das viagens, das faculdades pagas pelo pai, mas que recordava com alegria os momentos em torno da mesa e da presença familiar (Lucas 15:17). Além disso, é bom ressaltar que o ápice da reunião cristã é a ceia, ou seja, mais uma vez a mesa está representada.
Nos momentos em que Jesus não estava presente em forma humana, Ele ensinou que o pão seria a figura que O representaria, permaneceria como peça central da mesa e como forma de enfatizar a presença sobrenatural e redentora de Sua existência. "Não é apenas comer à mesa que faz a diferença. Comer à mesa com a presença da graça é o que importa", ensina Devi, destacando que ali é um lugar para edificar e não para destruir.

CIÊNCIA A FAVOR DA RELIGIÃO
A hora da refeição é considerada por psicólogos, psicopedagogos e pediatras muito importante para a educação, não só alimentar, mas psicológico-existencial das crianças. A socióloga alemã Ângela Keppler conduziu uma pesquisa com 300 famílias alemãs, onde se demonstrou que famílias que optam pelo velho hábito de conversar durante as refeições, em vez de assistir à televisão, obtêm maior harmonia e fluidez em suas relações. A socióloga chegou à conclusão de que uma das melhores terapias familiares é a comunicação à mesa.
As comprovações científicas não param por aí. Estudos da Escola de Pedagogia de Harvard, nos Estados Unidos, revelam que quem compartilha regularmente as refeições com a família, além de comer melhor, tem maior bem-estar físico e emocional. No Centro Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da Universidade de Columbia (EUA), foi descoberto que quanto mais refeições são feitas junto com os pais, mais os filhos se dão bem na escola e atrasam a iniciação sexual; além de ter menos probabilidade de beber, fumar, usar drogas, ficarem deprimidos, brigarem ou desenvolverem distúrbios alimentares.
Um levantamento realizado em 2007 com 20 mil alunos ingleses de 16 anos demonstrou
uma forte relação entre refeições regulares à noite com a família e o bom desempenho no exame escolar feito por todos os secundaristas da Grã-Bretanha. Ainda na Grã- Bretanha, segundo os dados da pesquisa, que foram recentemente publicados pelo departamento de "Crianças, Escolas e Famílias" do governo britânico, constatou-se que os melhores resultados estavam entre os filhos de famílias que se reuniam para jantar.
Outra pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, mostrou que a criança que se senta à mesa com os pais alimenta-se melhor em comparação aos coleguinhas que comem sozinhos. Ainda em outra análise, com 16 mil crianças de nove a 14 anos, as frutas e vegetais aparecem quase duas vezes mais no prato daquelas que fazem as refeições com a família ao redor da mesa.
Esse fato foi comprovado pela família Pelição. Membros da Missão Evangélica Praia da Costa, os pais, João Batista e Vanuza, passaram a se incomodar ao ver suas crianças almoçarem vendo televisão. "Há cinco anos sentamos todos à mesa. Isso ocorre no café da manhã, almoço e jantar. As crianças passaram a comer alimentos que antes não comiam. Incentivamos também a autonomia, a partir do momento em que permitimos que se sirvam sozinhas, além de fazermos a oração e lembrarmos que o alimento é dado por Deus", explica Vanuza.
De acordo com a mãe, as crianças não comiam determinadas preparações e, quando começaram a ver o exemplo dos pais, animaram-se a experimentar e aceitar determinados alimentos. "Comer juntos à mesa é um ato de decisão, é necessário pulso firme e persistência", resume. Para atrair ainda mais a família e vencer a batalha contra a televisão, Vanuza conta que varia a forma em que a mesa fica disposta e que, inclusive, fazem piqueniques em outros cômodos da residência, proporcionando um momento diferente, alegre e descontraído, colocando em prática o que Devi Titus orienta: "sua mesa deve sempre ser vista como um lugar feliz, de interação, calor humano e aceitação."

REFEIÇÃO INOVADORA
Buscar meios alternativos, semelhantes e tão eficientes quanto a forma tradicional de se assentar a uma mesa faz parte do bom hábito neste processo. Fabio Hertel, membro da Missão Evangélica Praia da Costa e diretor de Comunicação e Novos Negócios da Hortifruti, porém mais conhecido como "the table man"- já que fala tanto sobre o assunto -, ressalta que esta é uma semeadura com colheita perene, mas não instantânea.
The table man (o homem mesa) arrisca a dizer que, talvez por isso, essa sociedade imediatista não veja tantas vantagens de estar em família à mesa. É uma relação como outra qualquer, e como tal, tem que ser aprofundada, conquistada. Sentar-se à mesa é um salto que precisa ser experimentado por toda a família. Com os adultos, é preciso informar, conscientizar e decidir: só faremos refeições à mesa. Com as crianças, necessita-se de um pouco de paciência e muita criatividade.
Fabio inova e diz que a mesa tem que ser uma atividade legal, lúdica e abençoadora. "Criei um jogo da família, com 20 prendas para serem pagas após as refeições; brincamos de jogo da velha, forca, telefone sem fio e outros passatempos. Tudo para que aquele momento seja bem divertido. Temos várias toalhas quadriculadas e fazemos piquenique dentro do apartamento. Nossa mesa tem que ser alegre", aponta.
Os líderes de casais da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério do Aribiri, Robson e Fabiane Borges, contam que herdaram esse hábito de sentar-se à mesa com os familiares e já o aplicam no dia a dia com a sua filha, Julya, de 8 anos. Mesmo morando em uma casa pequena e tendo uma mesa de apenas quatro lugares, a família Borges faz questão de providenciar condições para que quando extrapolar o número de ocupantes, as visitas partilhem juntas desse momento sagrado que é a refeição. "Se não tivermos tempo para a esposa podemos nos distanciar e esquecer que nos amamos. Se não tivermos tempo para nossos filhos, o traficante tem. Por isso o mundo que está cada vez mais perdido e todo tipo de prevenção é válida", constata Robson.
Com relação à hora mais apropriada para se organizar esses encontros, a dica de Fábio é que os pais sejam flexíveis, coerentes, mas resolutos. Quanto mais, melhor. E qualquer momento, ou qualquer refeição, é uma oportunidade para se divertir à mesa. "Estar com a família é sempre bom, mas a mesa é um altar que precisa ser restaurado dentro de nossas casas. Sob este aspecto, nada pode substituí-la. Aconselho que se comece aos poucos e se vá avançando na prática de se reunir à mesa".
É como uma disciplina devocional. Não deve ser encarada como um castigo, mas como uma bênção de Deus. É um tempo mágico, de encontro com quem se ama. A mesa é muito democrática, adultos e crianças ficam mais ou menos da mesma altura. The table man relembra que as cinco maiores religiões do mundo - judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, e cristianismo - recomendam as refeições familiares.
"Creio também que é uma vereda antiga, um princípio de Deus que foi se perdendo", reconhece. Um dos piores momentos da vida de Israel foi quando cada um fazia o que queria de forma isolada. Cada um fazia o que achava mais reto (Juízes 21:25b). O texto não fala que o povo fazia coisas erradas, mas o que achava bem aos seus próprios olhos, sem vínculo ou comunhão. "Quando a família não se encontra à mesa, o povo não se encontra como nação", resume Fabio.
Para encerrar, a autora Devi Titus faz uma convocação aos leitores: "Se quisermos preservar e proteger nosso lar, casamento e nossa família, desfrutar do potencial escondido que estamos perdendo e restaurar um princípio fundamental que o próprio Senhor estabeleceu há milhares de anos, então, é hora de arrumarmos a mesa!".

domingo, 24 de novembro de 2013

NOSSA CIDADE PRECISA DE QUÊ?



Nas primeiras horas da madrugada deste domingo, dia 24 de novembro um acidente fatal vitimou o jovem Vinícius Prates de 18 anos. Um desentendimento entre jovens da cidade de Brejão e de Açailândia motivou um perseguição em alta velocidade no MA 122 e na altura do povoado União, mas precisamente, cerca de 1 km após o povoado, o veículo onde estava a vítima foi fechado por dois carros que estavam fugindo da perseguição. O veiculo saiu da estrada e colidiu em várias estacas. No veículo acidentado se encontravam três pessoas, sendo que o motorista teria saído ileso, o carona Vinicius veio a óbito e a outra pessoa teve ferimentos na cabeça. Segundos informações de testemunhas, a discussão teria começado nas imediações da danceteria conhecida como Palhoça Dance.
Independente das circunstâncias na qual aconteceu o fato, no qual não gostaria de trazer público até porque toda a cidade já sabe.
Gostaria de lamentar que atitudes de segurança pública não estão sendo realizadas a altura do que esta comunidade está precisando. Não gostaria também de atacar a Polícia Militar sem conhecimento de causa, pois não sei se o aparato policial é pequeno, se as armas não estão adequadas para operação preventiva e repressiva, não sei tão pouco se a mesma não dispõe de veiculo adequado para as operações, se a mesma não tem o apoio necessário, enfim, não sei o que de fato está acontecendo.
Nesta notícia, lamentamos informar ao Estado do Maranhão e ao Brasil que a nossa cidade tão amada e falada por ter recebido o título de “Capital do Leite”, cidade que tive o prazer de pesquisar anos após anos a sua história até publicar um livro sobre a mesma. 
Hoje, ao perder mais um dos seus filhos, nos habilita a pedir socorro porque convivemos com uma situação de insegurança neste momento: nos últimos anos a onda de assaltos tem sido fora do comum, o Bradesco que eu me lembre, foram 3 vezes, os correios, a lotérica, um armazém da cidade, a companhia de energia. 
Drogas? Esta tem entrado indiscriminadamente, destruindo os nossos jovens e desestruturando as nossas famílias. 
O trânsito é uma desordem, os jovens empinando motos à luz do dia nas principais ruas da cidade e à noite, principalmente, numa velocidade descomunal. 
Os sons dos carros, estes podem levantar a tampa do porta malas e desabar um som estridente e desrespeitador. 
As danceterias funcionam até a madrugada e quando terminam os jovens começam a fazer arruaças e promover o que querem nos bares arredores da cidade. 
Eu queria poder estar tranquilo quando vejo crianças brincando e vivendo a sua infância na porta das suas casas, jogando petecas, brincando do queima, batendo bola ou outras coisas mais, mas o trânsito ameaça a vida de todos. 
Eu tenho certeza que tudo perpassa pelas políticas de segurança pública, porque no momento em que ela agir de forma enérgica e humana poderemos não ver mais fatos como estes narrados porque antes de qualquer atitude que possa gerar danos como estes, o jovem pensará: 
-Aqui na minha cidade a lei não permite tais coisas, por isso vou me conter!
Espero não ter ferido pessoas com o que disse, mas eu amo esta cidade, e escolhi pra nela viver por toda a vida e não quero vê-la destruída pela insanidade e falta de segurança. 
Vinícius Prates, parta em casa, vamos ficar por aqui lutando pra que outros possam viver!

POR FRANCISCO DE ARAÚJO VALE.

sábado, 23 de novembro de 2013

A CARA DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO BREJÃO - MA

Transamazônica vira pista de exercícios para moradores de Pacajá


Encontramos, em vários pontos da Transamazônica, pessoas vestidas com roupas de academia e um boné para proteger do sol. Elas estavam fazendo exercícios no acostamento da rodovia, diante de carros em alta velocidade (quando o trecho é asfaltado, claro). Vimos o primeiro cenário do gênero no Piauí, mas não conseguimos parar o carro para conversar com essas pessoas. Ficamos com isso na cabeça, perguntando intimamente o motivo para elas estarem ali, se arriscando. Vale lembrar que em alguns pontos da Transamazônica asfaltada, o acostamento é estreito, o que aumenta ainda mais o risco de atropelamento.

Na cidade de Pacajá (PA), voltamos a ver o cenário de academia esportiva às margens da rodovia. Desta vez conseguimos um espaço para estacionar o carro com segurança, sem colocar em risco essas pessoas e nem os motoristas que trafegavam pelo local.
Abordamos um grupo de mulheres, com idades variadas. Todas pareciam bem concentradas nos exercícios, movimentando os braços durante a caminhada. Elas até tomaram um susto quando descemos do carro para falar com elas.
O chocante da história foi a revelação que uma delas nos fez. Todas ali atuavam na área da saúde de Pacajá, portanto, sabem que o exercício é uma boa medida para se manter saudável e prevenir uma série de problemas para o corpo, principalmente o sedentarismo e suas consequências. A revelação foi a de que a cidade não oferece espaço algum para a prática de exercício. E parece que muitos moradores concordam com isso, pois o movimento de vai e vem de pessoas pelo acostamento era intenso.
Leandra Silva de Souza, 26 anos, a mais jovem do grupo de abordamos, trabalha como agente de endemias na cidade. Ela me disse que não tem medo de ficar na estrada e só fez essa escolha porque não há espaço adequado em Pacajá para fazer exercício, principalmente por causa do movimento intenso de carros pela cidade e a falta de asfalto por lá.
A amiga dela, Maria Aparecida Pereira, 38 anos, técnica de enfermagem na cidade, disse que sempre faz a caminhada na Transamazônica depois do expediente. A professora Sebastiana Gomes, 48 anos, disse que corre e anda no asfalto da rodovia, mas que a intensidade do exercício depende do horário que consegue sair do trabalho e do cansaço após o expediente.
Iranilde felix de Souza, 32 anos, agente de saúde, disse que o percurso que as amigas fazem é de quatro quilômetros. Dois de ida e dois de volta.

Elas pareciam felizes com a atividade esportiva, mas ao mesmo tempo ansiosas por um espaço adequado dentro da cidade de Pacajá, com segurança.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Desarmamento foi um Tiro no Pé - Comentários Rachel Sheherazad.


Pleno do TCE desaprova contas de gestores

O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) desaprovou, em Sessão Plenária realizada nesta quarta-feira, 20/11, as contas dos seguintes gestores públicos: Alexandre Araújo dos Santos (São Francisco do Brejão/2010), com débitos de R$ 632.380,00 e multas de R$ 70.238,00; Antonio Costa Vale (Paulino Neves/2007), com multas de R$ 55.300,00; Heloísa Helena Franco Leitão (Alcântara/2008), com débitos de R$ 1.831.057,00 e multas de R$ 253.105,00 e Luis Osmani Pimetel de Macedo (Lago da Pedra/2008), com débitos de R$ 470.679,00 e multas de R$ 191.084,00.

Juvenal Leite de Oliveira (Sucupira do Riachão/2009) teve suas contas julgadas regulares com ressalvas.

Entre as Câmaras Municipais foram julgadas irregulares as contas de Francisca de Souza Freire (Governador Nunes Freire/2008), com débito de R$ 28.000,00 e multas de R$ 9.450,00; Francisco das Chagas Oliveira (Governador Nunes Freire/2008), com débitos de R$ 13.603,00 e multas de R$ 8.272,00 e Maria Marlene Araújo Coelho (Coelho Neto/2008), com débitos de R$ 141.274,45 e R$ 32.501,00.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Funcionários da Prefeitura de Porto Franco reivindicam na justiça direitos trabalhistas

A audiência aconteceu na manhã dessa terça-feira (19), na Vara da Justiça do Trabalho em Estreito e compareceram na audiência acompanhados pela Advogada Francisca Neta, contratada para orientar os 38 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que entraram na justiça reivindicando os direitos como FGTS e reconhecimento dos anos trabalhados, uma vez que foram admitidos em setembro de 1998 e no ano de 2007 entraram na justiça pela primeira vez, reconhecidos, suas carteiras foram assinadas, mas tiveram ignorados os anos já trabalhados.

No ano de 2009 moveram a segunda ação, pleiteando o pagamento retroativo dos cinco anos trabalhados e insalubridade.

A terceira ação teve início no mês de setembro de 2013, dessa vez, buscando receberem a gratificação, um direito concedido pelo governo Federal. Segundo os funcionários, esse dinheiro vem sendo usado pelo município para pagamento do 13º salário dos ACSs. Nesse caso, a prefeitura estaria agindo ilegalmente, uma vez que essa verba é destinada para o “incentivo adicional”, pelo Ministério da Saúde.

Já a ação que teve audiência nessa terça-feira, refere-se ao pagamento do Quinquênio, adicional por Tempo de Serviço, sempre concedido a cada cinco anos (1825 dias) de efetivo exercício, calculado na base de 5% por quinquênio de serviço e sobre o valor do salário base e da carga suplementar, se houver. Este benefício é concedido automaticamente, integrando ao salário, o valor correspondente ao quinquênio a que faz jus. No caso dos ACS de Porto Franco a cobrança refere-se aos 15 anos de serviços já efetuados. “Essa verba do incentivo adicional de final de ano entra, mas não nos é repassada. A pergunta é: onde está sendo “invertido” esse dinheiro, uma vez que estamos trabalhando praticamente nus, não temos uniformes, protetor solar, material de trabalho, como balança, o que nos briga a simular o resultados das avaliações”, denuncia a delegada do Sindicato da categoria, Karla de Nazaré Monteiro.

A representante do Sindicato continua sua entrevista denunciando o desrespeito do município de Porto Franco para com os ACS. Segundo ela, falando na presença de dezenas de ACS, no prédio da Justiça do Trabalho em Estreito, se faz urgente uma explicação por parte do município de para onde está indo a verba que é descontada dos salários desses colaboradores referentes ao INSS. “Temos uma colega que está trabalhando com complicações graves nos rins, por não ter como comprovar sua contribuição. Ela está correndo risco de morte e o município não assume a sua responsabilidade”, pontua Karla.

O Sindicato ao qual estão filiados os ACSs de Porto Franco já conta com 44 trabalhadores, desses 38 são Agentes Comunitários de Saúde e todos entraram cm ações na justiça do Trabalho. “Vamos agora aguardar a sentença do juiz. Ele deu um prazo de cinco dias para que o município apresente a lei municipal existente, que trata que trata desse assunto. Já tem algumas sentenças marcadas para o próximo dia 29. Passados os cinco dias, prazo para juntar a cópia dessa lei municipal, provavelmente, o resultado deverá sair entre 15 de dezembro de 2013 e início de janeiro de 2014”, informou a Advogada Francisca Neta.

O assessor Jurídico da prefeitura de Porto Franco, Francisco Coutinho, compareceu a audiência representando o município. “É bom deixar claro que o município não contra os ACS, apenas era necessário que eles acionassem a justiça para que houvesse a determinação e o município obedecer”, disse Francisco Coutinho. Questionado se o município tem intenção de recorrer da decisão do juiz, o advogado disse que “não depende de mim responder essa pergunta, porque são muitas questões envolvidas”.

O processo movido pelos ACS de Porto Franco é uma “matéria de direito”, não é preciso nem de testemunhas. Mas mesmo sem Recurso de Oficio, a justiça manda os processos para o Tribunal, por isso a demora no resultado final, informou Francisca Neta. 

Fonte/Lenir Silva

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Comprar sem necessidade pode ser sinal de doença

Comprar sem necessidade pode ser sinal de doença
Oniomania,
Uma doença que pode levar a pessoa ao desespero, falência financeira e moral. Perdas irreparáveis e rompimento de relacionamentos familiares. Algumas pessoas quando estão se sentindo tristes e solitárias tendem a buscar os shopping  como uma compensação para seu sentimento de insatisfação. Também é uma forma de compensar sentimentos de baixa estima e outras sensações desagradáveis que ficam “camufladas” temporariamente, oferecendo alívio momentâneo.
No mundo de hoje há uma pressão para o consumismo, resistir não é uma tarefa fácil, principalmente para os compulsivos. Na maioria das vezes as escolhas frente às compras se devem ao emocional e não à razão.
Estudos já constataram que os aromas influenciam no campo do marketing, como por exemplo, menta e erva-doce que reduzem a sensação de estar em lugares fechados; aromas frescos dão a sensação de bem estar e liberdade; aromas de chocolates estimulam o bem estar e prazer. A sensação de entrar em uma loja com aroma de roupas novas estimula o indivíduo às compras e ao prazer. O olfato afeta positivamente o cérebro como o cheiro de fumaça ativa o cérebro de um fumante e o leva imediatamente acender um cigarro.
As cores representam um papel importante na vida humana. Algumas têm efeitos que deprimem e outras que estimulam. As marcas mexem com a personalidade do indivíduo, alguns tentam se satisfazer com marcas que lembram algum ídolo que faz a propaganda ou lembra o personagem das novelas ou filmes. Todo este conjunto de estímulos ocorre nas mentes humanas quando estão comprando, principalmente nos compulsivos. São tomados por todo este “torpor” e caminham por uma rota da falência, onde o prazer fala mais alto, como a droga, onde em algumas horas não há razão, apenas são guiados por uma profunda sensação de prazer em experimentar roupas, sapatos, joias, alimentos, tudo leva ao delírio.
Após retornar à realidade chega uma enorme sensação de fracasso,  vazio e desespero ao receber a fatura do cartão de crédito. Chegam a ter  sudorese, depressão e ansiedade até saldar as dívidas, quando é possível! O sofrimento de não comprar, leva a depressão e irritabilidade. Podemos chamar de abstinência. Na última fase da progressão da doença, o indivíduo ou tende a desenvolver outros vícios, ou uma falência generalizada. Dívidas irreparáveis, quando não há tratamento, dívida consigo mesmo.
A Greenwood oferece tratamento desse tipo de doença contando com uma equipe especializada para um atendimento sério e imediato, dando ao indivíduo uma recuperação emocional e familiar com possibilidade de reorganizar sua vida em relação às perdas, e principalmente de resgate da dignidade social frente aos setores públicos e aos órgãos de cobranças e reeducação financeira.
Dr.Juan Pablo – Psiquiatra (Clínica Greenwood)
Monique Brande Freitas - Psicóloga clínica (Clínica Greenwood)

Combater droga em escolas é desafio

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A presença das drogas no espaço das escolas é uma realidade crescente. Levantamento feito pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) a respeito do uso de entorpecentes entre estudantes dos ensinos fundamental e médio nas capitais brasileiras mostra que cerca de 60% dos alunos de escolas públicas e mais de 65% das privadas já fizeram uso de substâncias tóxicas. A pesquisa revela também que cerca de metade dos estudantes faz uso recreativo ou ocasional. Em Juiz de Fora, a situação não é diferente. A Tribuna esteve nas proximidades de duas escolas, uma pública e outra privada, ambas na região central, e ouviu estudantes e vizinhos que confirmam: as drogas - desde o álcool até a cocaína - fazem parte da rotina das instituições de ensino e tomam também as imediações das escolas.
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"Infelizmente droga dentro da escola é o que mais tem. O pessoal usa geralmente no banheiro, em sala vazia, onde der para usar, usam", relatou um adolescente, 16 anos, estudante de uma escola estadual do Centro de Juiz de Fora. "Tem gente fumando cigarro, bebendo no banheiro, e ninguém fala nada", conta outra estudante, 15. "É fácil entrar com droga, pois ninguém olha mochila, nada, até arma entra no colégio, já é rotina", 15. Um funcionário da própria instituição confirma: "Tem sim, muita coisa entrando, mas não podemos revistar. O que achamos geralmente são vestígios. Quando pegamos algum aluno, levamos para a direção. Mas fora da escola, a situação já fugiu ao controle. Às vezes, ficam na calçada ou vão para a pracinha próxima. Só sentimos o cheiro. À tarde ainda é pior, pois são os estudantes mais velhos. Mas não tem distinção, é menino, menina usando", relata um auxiliar de serviços gerais, 50.
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Além dos abusos de alunos, há escolas que são alvos de vândalos e usuários de drogas nos fins de semana. Isso foi o que ocorreu em uma unidade pública no Bairro Cerâmica, Zona Norte, que foi invadida, danificada e usada por dependentes de droga. Docentes que voltaram nesta segunda-feira (18) ao trabalho depois do feriadão encontraram uma latinha para o consumo de crack, indicando que os invasores utilizaram as dependências do colégio para o vício, além de vários cômodos revirados, porta arrombada e janelas quebradas. Para especialistas, uma das alternativas para frear a disseminação de drogas no ambiente escolar é a prevenção. Neste sentido, Juiz de Fora foi escolhida para ser referência nacional em capacitação de educadores. A previsão é de que dez mil profissionais passem pelo curso que será oferecido pelo Centro de Educação a Distância (Cead) da UFJF, com início em janeiro de 2014.
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Nas proximidades - Nos arredores das escolas, as cenas de estudantes uniformizados fazendo uso de entorpecentes incomodam. "Um dia tinha um adolescente fumando maconha, com um menino que parecia ser irmão mais novo do lado. A gente fica muito assustada", comentou uma manicure, 38 anos. Uma aposentada, 60, moradora da Rua Fernando Lobo, também relatou cenas semelhantes. "Costumam sentar nas escadas, usando droga debaixo da nossa janela. É muito desconfortável assistir a isso."
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Em outubro, três adolescentes de 17 anos e um jovem de 20 foram apreendidos na Rua Fernando Lobo com maconha. O grupo foi flagrado pela Polícia Militar comercializando drogas para estudantes uniformizados, no Parque Halfeld, mas fugiu para a via. Estudantes de instituições particulares da região também são vistos usando droga à luz do dia pelos vizinhos. "Formam grupinhos e sobem e descem a rua fumando maconha tranquilamente", relatou um contador, 54, que trabalha na Rua Oswaldo Cruz.
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Orientação - Especialistas e polícias defendem que a orientação seja feita não só na família, mas na escola. "Um dia desses, um amigo levou maconha, a professora viu e não falou nada", contou uma adolescente, 15. Outro colega, 14, completou: "Os professores hoje não estão dando conta nem do ensino, quanto mais cuidar de aluno." Uma outra estudante, entretanto, diz que há orientação de alguns educadores. "Alguns falam sempre com a gente para ter cuidado, mas outros não", 14.
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Telmo Ronzani, coordenador do Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e Outras Drogas (Crepeia) da UFJF, diz que a educação é estratégica para a prevenção. "Só vamos conseguir mudar os indicadores com trabalhos preventivos mais efetivos, e as escolas são locais fundamentais", defende Ronzani, que está coordenando o curso de Prevenção de uso de drogas para educadores de escolas públicas, que será realizado pela primeira vez em Juiz de Fora. Em sua oitava edição, o curso é resultado de parceria entre a Universidade de Brasília (UnB), a Senad e o Ministério da Educação (MEC). Todas as outras edições da capacitação foram realizadas pela UnB.
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Professores não são os únicos responsáveis
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Danos à saúde dos alunos, dificuldade de relacionamento e aumento de violência, baixos índices de rendimento e evasão escolar. Esses são alguns dos problemas associados ao uso de drogas entre estudantes. Para a diretora da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora, Belkis Cavalheiro Furtado, a droga é hoje um dos grandes desafios. "Não é o principal, mas principalmente nas escolas do sexto ao nono ano do ensino fundamental, a questão é mais delicada pela idade dos alunos. Já do primeiro ao quinto ano, a dificuldade está na forma de abordagem. É difícil articular com uma criança de 6, 7 anos sobre droga. É preciso preparo." A diretora destacou que, neste semestre, as 53 escolas estaduais da cidade estão desenvolvendo trabalhos relacionados à prevenção do uso de drogas. "Dentro do Fórum Permanente de Promoção da Paz Escolar, no primeiro semestre, trabalhamos o bulling e, agora, estamos tratando do crack e outras drogas, desenvolvendo atividades, palestras, teatros e outros estudos em parceria com Polícia Militar e Conselho Tutelar. O objetivo é a sensibilização e a união de esforços para reduzir o uso."
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Já a Secretaria de Educação do município informa que desenvolve, em conjunto com a Guarda Municipal, o programa "Guardas no apoio e prevenção nas escolas" (Gape), que aborda, de forma educativa, o tema dos entorpecentes e suas consequências para o organismo, interferência na família e sua relação com a violência em 30 instituições. Ambas as secretarias ressaltam a parceria com a Polícia Militar no Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e Jovens construindo a cidadania (JCC), que tem o objetivo de prevenir o uso de tóxicos e combater a violência entre os adolescentes. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe/Sudeste) foi procurado, mas não enviou respostas.
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Para o coordenador do Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e Outras Drogas (Crepeia) da UFJF, Telmo Ronzani, que também coordena o curso de prevenção que será ministrado pelo Cead, a temática da drogadição na educação continuada de educadores justifica-se, uma vez que pesquisas recentes revelam que tem crescido o consumo de drogas entre crianças e adolescentes, sendo cada vez mais precoce a idade da primeira experimentação entre estudantes. Entretanto, o especialista faz um alerta: "Só a capacitação isolada gera frustração. A educação continuada, a qualificação é importante, mas paralelamente são necessárias ações governamentais para que a prevenção surta efeito." Ronzani ainda lembra que os professores não podem ser eleitos como os únicos responsáveis por solucionar o problema."Não podemos eleger um ator social somente. Os educadores têm suas limitações. É preciso parceria, envolver setores, como família e restante da comunidade."
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O curso que será ministrado pelo Cead da UFJF está previsto para ter início em janeiro. A expectativa é de capacitação de dez mil profissionais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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Escola é alvo de vandalismo
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A Escola Estadual Maria Elba Braga, no Bairro Cerâmica, Zona Norte, foi invadida e alvo de vandalismo. Apesar de terem quebrado vidraças, fechaduras e pichado as instalações, nada foi roubado. Mas os invasores teriam usado droga dentro da instituição já que no local foi encontrada uma latinha com indícios do uso de crack. A ação causou transtornos a professores e parte dos 480 alunos da instituição, já que várias salas de aula precisaram ser isoladas até a chegada da perícia da Polícia Civil. Em algumas delas, fechaduras foram danificadas e carteiras pichadas. Em uma das paredes, os vândalos ainda escreveram palavrões e siglas de facções criminosas. Em alguns casos, os vidros foram quebrados a pedradas. Trabalhos infantis afixados na área externa foram arrancados, e um armário, revirado.
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De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, no andar térreo, foram arrombadas as fechaduras de duas salas de aula, além dos danos causados na janela da cozinha, supostamente quebrada para abertura de um freezer. A vidraça do cômodo onde ficam computadores também foi estilhaçada. Já no piso superior, os criminosos entraram em três salas, quebraram vidros e retiraram duas lâmpadas do corredor. Conforme a PM, os locais arrombados não possuíam alarme, mas a escola conta com o dispositivo em outras partes. Nenhum suspeito foi identificado. O caso foi encaminhado para investigação na Polícia Civil. A assessoria da Secretaria de Estado da Educação disse que foi informada da invasão, mas não confirma o uso de drogas.
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A diretora da Superintendência Regional de Ensino (SRE), Belkis Cavalheiro Furtado, diz que os muros não impedem as invasões, mas afirma que episódios como este têm sido registrados apenas em algumas regiões da cidade.
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Fonte: Tribuna de Minas (MG)

sábado, 16 de novembro de 2013

ESTREITO: PREFEITURA REALIZA CAMINHADA PELA EDUCAÇÃO


A Secretaria de Educação de Estreito realizou na última quinta-feira, dia 14 de Novembro, a 2ª Caminhada do Programa Mobilização Social pela Educação, com a participação das escolas municipais, estaduais e particulares do município, contando ainda com a presença de alunos das cidades de Darcinópolis, Palmeiras e Aguiarnópolis do Tocantins.
A programação teve início com uma caminhada, saindo da praça da liberdade, seguindo para o pátio da Igreja São Francisco de Assis, onde foram ministradas palestras e os alunos realizaram varias apresentações culturais.
O Evento contou com a presença do Prefeito de Estreito Cicero Neco (PMDB), da primeira dama e secretária de Assistência Social Srª. Deborah Nunes, prefeito de Palmeiras do Tocantins Sr. Evandro (PT), da promotora de justiça da 2ª vara Dra Karla Tatiana, secretária de Educação de Estreito e secretárias de educação das cidades convidadas, vereadores, coordenadora regional do Programa Srª. Maria Luiza, diretores, professores e alunos.
O tema desta 2ª Caminhada do Programa Mobilização Social pela Educação, foi: Pais, educar ainda é o melhor caminho!
O objetivo da ação, é mobilizar as famílias e a sociedade na busca pelo direito de todos e de cada um por uma educação de qualidade em todo País. Estreito está fazendo sua parte e construindo uma educação municipal sólida, participativa e positiva.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Dilma veta projeto que permitia criação de novos municípios no país

'Esse crescimento de despesas não será acompanhado por receitas equivalentes', justificou

A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto aprovado pelo Senado, em outubro, que permitia a criação de novos municípios no país. Publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite da última quarta-feira (12), a mensagem de veto frustra os planos de emancipação de mais de 400 localidades Brasil afora. No Pará, mais de 50 projetos de lei tramitam na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A alegação do Governo Federal é de que a criação dos municípios resultaria em aumento de despesas que não seria acompanhado por um crescimento de receitas equivalente.

"A medida permitirá a expansão expressiva do número de municípios no País, resultando em aumento de despesas com a manutenção de sua estrutura administrativa e representativa.

Além disso, esse crescimento de despesas não será acompanhado por receitas equivalentes, o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica", justificou a presidente Dilma na mensagem de veto encaminhada ao Congresso.

No texto ela destaca ainda que a criação de novos municípios resultará em uma maior pulverização na repartição dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que prejudicaria principalmente os municípios menores e com maiores dificuldades financeiras.

A decisão caiu como um balde de água fria na pretensão de muitos movimentos emancipatórios que se proliferavam pelo país. Desde 1996, quando foi suspensa a competência das assembleias legislativas estaduais de se criar novos municípios, foram realizadas várias tentativas de disciplinar o tema novamente.

O projeto aprovado em outubro teve apoio de ampla maioria no Congresso. Na última votação no Senado, passou por 53 votos a 5. E trouxe novos critérios para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios no país.

Pela proposta, a criação de novos municípios no país levaria em consideração fatores como a realização de Estudos de Viabilidade Municipal (EVMs) e consulta popular. O texto também determina o mínimo de população e outras condições para a criação de municípios, assim como as características do EVM e capacidade de cumprir as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nas regiões Sul e Sudeste, cada novo município deveria ter, no mínimo, 12 mil habitantes. No Norte e no Centro-Oeste serão aproximadamente 6 mil. Para o Nordeste, o número é de 8,5 mil. O texto aprovado pelos senadores também impedia a criação de novos municípios em reservas indígenas ou ambientais e em áreas pertencentes à União, a fundações e autarquias do governo federal.

O veto deve causar polêmica no Congresso. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), por exemplo, destacou que o veto significa um retrocesso. "Veto presidencial é lamentável e vamos trabalhar para derrubar. É lamentável a postura de falta de diálogo e desconhecimento da presidente da República das particularidades e necessidades de algumas regiões", afirmou.

Ele defende que o projeto determina regras rígidas e possibilita a criação de municípios obedecendo ao princípio da responsabilidade fiscal e necessidade social de cada solicitação. "No Pará temos inúmeros casos, onde essa é uma reivindicação justa e repetida durante anos. Mas, lamentavelmente ela vetou. Vamos batalhar agora para que o Congresso Nacional coloque em votação o veto presidencial e vamos trabalhar nesse sentido: que os interesses da população que elegeu seus representantes prevaleça e que possamos derrubar o veto", afirmou o senador.

Fonte: O Liberal


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Steve Jobs - [Discurso na Universidade de Stanford]


                 Você tem que encontrar o que você ama


Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.

Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."

Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.

Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.

Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.

Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.

Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.

Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.

De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.

E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.

Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.

Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.

A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.

E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.

Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.

Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.

Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.

Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.

Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.

Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.

Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.

Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.

Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.

E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.

Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.

Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
"Continue com fome, continue bobo."

Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Steve Jobs